Concessionária ganhou novo prazo após a audiência especial realizada nesta quinta-feira (14.12)
Em audiência especial realizada nesta quinta-feira (14.12), na 4ª Vara Cível, a justiça determinou prazo até segunda-feira (18.12) para que a Concer indique a data de quando a área afetada no Contorno, na altura do quilômetro 81 da BR-040, estará recuperada. A audiência especial teve a participação de representantes do governo, da sociedade civil, do Ministério Público Estadual e da Defensoria Pública, e foi convocada após a concessionária não cumprir o prazo anterior, que venceu no domingo passado (10.12).
O município já tem uma experiência amarga com a concessionária. A nossa sensação é que a Concer está tentando ganhar tempo. As perdas financeiras, ambientais e humanas são imensuráveis para o município. Só os petropolitanos sabem todo o transtorno causado e sentimento de tristeza causado pela indefinição desse caso. Reforço o pedido de transparência por parte da Concer.
O titular da 4ª Vara Cível, o juiz Jorge Luiz Martins, questionou a falta de uma conclusão do laudo – com informações de incursões subaquáticas apresentado pela Concer. Os advogados da concessionária, Flávio Bettega e Felipe Brícola, informaram durante a audiência que as empresas contratadas pela Concer seguem com o trabalho de sondagem e de contenção no local da abertura da cratera.
“Qualquer conclusão, neste momento, seria equivocada. Esse relatório faz parte de uma série de estudos que estão sendo realizados no local e não podemos estabelecer uma causa apenas por esse documento”, afirmou Flávio Bettega.
Por conta disso, a Defesa Civil ainda não estabeleceu um prazo para a liberação da pista, da Escola Municipal Leonardo Boff e nem das 55 casas, na região conhecida como Vale da Escola – interditadas desde o dia 7 de novembro. A liberação da área será possível somente após a realização de intervenções estruturais no interior túnel, como informou o secretário de Defesa Civil e Ações Voluntarias, coronel Paulo Renato Vaz, durante a audiência.
“Reforço que são necessárias intervenções efetivamente estruturantes no interior das escavações. Por isso não trabalhamos com nenhum prazo ou previsão para a liberação daquelas casas, da escola ou da pista, que passa exatamente sobre o traçado do túnel. Não podemos ser irresponsáveis com a vida das pessoas", explica Paulo Renato Vaz.