Prefeitura começa recuperação das vias e pontes
Verbas vindas da Alerj e do Governo Federal estão sendo destinadas para as intervenções
Equipes da Comdep e da Secretaria de Obras já estão fazendo a recuperação de vias e das pontes atingidas pelo temporal do dia 15 de fevereiro em Petrópolis. As intervenções acontecem em várias partes da cidade, como no Centro Histórico (Praça da Liberdade, avenidas Piabanha e Koeler, entre outros) e em Corrêas.
“Aos poucos a cidade vai voltando à normalidade. Essas obras vão garantir a mobilidade e segurança dos pedestres e motoristas. Na semana passada junto com as prefeituras do Rio e Niterói fizemos a limpeza de várias ruas. O trabalho de recuperação da cidade continua junto com os trabalhos dos bombeiros e Defesa Civil no resgate das vítimas”, disse o prefeito Rubens Bomtempo.
O vice-prefeito e secretário de Obras, Paulo Mustrangi explica que parte das verbas provenientes da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e do Governo Federal foi destinada para essa recuperação emergencial. “Estamos arrumando o guarda corpo da ponte de Corrêas que foi levado pela enxurrada e também de outras pontes. Também já iniciamos algumas obras de contenção”, explicou.
Novos postes são instalados na entrada do Carangola
Prefeitura, agora, aguarda remanejamento da fiação das empresas de internet, telefonia e TV a cabo
O projeto de construção da rotatória na entrada do Carangola continua avançando. Os novos postes foram instalados neste domingo (13) pela Enel Distribuição Rio e a Prefeitura aguarda, agora, o remanejamento das instalações das empresas de telefonia e TV a cabo para dar início às obras.
“Acompanhamos a reposição da rede para liberar o espaço para construção da baia e devolver a pracinha para região. Esse é um trabalho que vai qualificar a União e Indústria”, esclareceu o prefeito Rubens Bomtempo.
Sobre o novo projeto
Com a construção da nova entrada do Carangola, o ponto do ônibus será instalado ali, junto à pracinha central. Além disso, o acesso ao Carangola para quem sair dos distritos em direção ao bairro será alargado. As obras no local preveem o remanejamento de dois postes (com a migração das redes elétricas e de telefonia para as novas estruturas); o recuo do ponto do ônibus que sai dos distritos em direção ao Centro; o alargamento do acesso ao Carangola para quem sai dos distritos; a devolução da pracinha central à população (com asfaltamento e acessibilidade para pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida); e a mudança do ponto dos ônibus que descem o Carangola em direção ao Centro (que ficará mais acima, antes da entrada de acesso ao Construmil).
Prefeitura e Enel remanejam poste para possibilitar a nova entrada do Carangola
Intervenção permitirá a instalação de um recuo para o ponto de ônibus
A construção da nova entrada do Carangola teve um importante avanço no último fim de semana: a Prefeitura instalou um novo poste na pracinha central no domingo (6). O antigo poste, que fica alguns metros mais perto da via principal (Rua Hermogênio Silva), está previsto para ser removido neste mês, quando também será realizada a migração da fiação para a nova estrutura.
O remanejamento do poste possibilitará que seja instalado um recuo para o ponto dos ônibus que saem dos distritos em direção ao Centro. Dessa forma, com o recuo, o tráfego na via principal sentido Centro não será mais interrompido para o embarque e o desembarque de passageiros do transporte público coletivo.
Com a construção da nova entrada do Carangola, o ponto desses ônibus será instalado ali, junto à pracinha central, que será devolvida à população, reformada. Além disso, o acesso ao Carangola para quem sair dos distritos em direção ao bairro será alargado. Para isso, outro poste será remanejado.
Os remanejamentos dos dois postes são custeados pela Prefeitura e executados pela Enel Distribuição Rio (empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica em Petrópolis).
Mudança no projeto
Para a implantação de uma rotatória na entrada do Carangola, um terreno às margens da via que dá acesso ao bairro (Estrada do Carangola) foi desapropriado no ano passado pelo então governo interno. No entanto, a implantação da rotatória nos moldes do projeto apresentado pelo governo passado exigiria uma desapropriação maior do que a que de fato foi realizada.
As obras para a construção da nova entrada do Carangola preveem, portanto: o remanejamento de dois postes (com a migração das redes elétricas e de telefonia para as novas estruturas); o recuo do ponto do ônibus que sai dos distritos em direção ao Centro; o alargamento do acesso ao Carangola para quem sai dos distritos; a devolução da pracinha central à população (com asfaltamento e acessibilidade para pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida); e a mudança do ponto dos ônibus que descem o Carangola em direção ao Centro (que ficará mais acima, antes da entrada de acesso ao Construmil).
Obras no Quilombo da Tapera devem ser entregues nesta semana
Intervenções foram possíveis através de parceria entre MPF, Prefeitura e a empresa ANURB
As obras de melhoria da estrada que dá acesso ao Quilombo do Tapera devem ser entregues ainda nesta semana. As intervenções no local foram possíveis devido a uma ação conjunta entre a Prefeitura, o Ministério Público Federal e a empresa ANURB, por acordo judicial para a conversão de valores definidos em sentença em ações de melhoria para a comunidade local, que beneficiarão a 18 famílias que residem na localidade.
Ao todo, foram cerca de 500 metros de asfalto, roçada de vegetação nas vias de acesso, limpeza de canaletas e melhorias do sistema de drenagem. Os locais escolhidos foram apontados pelos próprios moradores como mais críticos. A Secretaria de Obras disponibilizou parte do material e de canaletas para as melhorias no escoamento de águas pluviais. Já a ANURB, contratou a Agromax e Serpav para a realização dos serviços.
“O quilombo é importantíssimo para a nossa história e cultura. Essas ações são fundamentais para garantir que os moradores tenham condições de ir e vir, além de beneficiar projetos que eles estão elaborando para o desenvolvimento do local. A integração entre o poder público, o MPF e o setor privado também foi fundamental”, disse o vice-prefeito e secretário de Obras, Paulo Mustrangi.
Em dezembro, Mustrangi esteve no Quilombo da Tapera, juntamente com o procurador da República, Charles Stevan da Mota, o líder comunitário quilombola Adão Cassiano, técnicos da Secretaria de Obras e representante da ANURB. A comitiva, à época, definiu o que seria feito no local. A empresa elaborou o projeto e a Prefeitura ficou com parte da supervisão das obras.
O MPF acompanha a comunidade há mais de 10 anos. “Essas intervenções atenderam a uma boa parte da estrada, que eram os trechos mais críticos”, disse o procurador Charles Stevan da Mota, ressaltando que os moradores terão um acesso melhor, principalmente para as crianças quando forem à escola.
“Essa melhoria é muito boa para nós da comunidade, não só para o dia a dia, mas também nos ajuda a receber nossos visitantes e aí, poderemos trabalhar. Temos um sonho de trabalhar com turismo de base comunitária e o acesso é essencial para recebermos visitantes”, afirmou Cassiano.
Comdep segue resgatando símbolos da cidade: Praça da Liberdade é revitalizada
Funcionários da Companhia cuidam do importante ponto de encontro de lazer para petropolitanos e turistas
A Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep) está promovendo a revitalização dos espaços urbanos no Centro Histórico. Nesta quinta-feira (27.01) as equipes estiveram na Praça da Liberdade, importante ponto de encontro de petropolitanos e referência para turistas e visitantes.
“A Praça da Liberdade é um dos nossos cartões postais. Já faz parte das memórias de muitos petropolitanos e está registrada em muitas fotografias de quem vem nos conhecer”, destacou o prefeito Rubens Bomtempo.
O chafariz recebeu pintura; estátuas e bustos passaram por limpeza e manutenção; calçadas foram lavadas; o acervo botânico também recebeu atenção dos servidores com corte de grama e plantio de novas mudas.
“Criamos um cronograma que vai atender diferentes áreas do Centro Histórico. Começamos pelo Bosque do Imperador na semana passada, também recuperamos o Relógio das Flores e nesta semana Praça da Liberdade. Outros pontos receberão nossas equipes nas próximas semanas”, garante Léo França, diretor-presidente da Comdep.
Ipê Amarelo é destaque na Praça da Liberdade
Esta semana o Ipê Amarelo localizado no entorno da Praça da Liberdade floresceu. A árvore garante belos registros e encanta quem passa pelo local. A florada dura aproximadamente 15 dias. O Ipê é árvore símbolo da cidade e tem um dia dedicado a ele no município: 28 de junho.
Comdep conclui revitalização do Bosque do Imperador
Um dos símbolos da cidade, praça teve bancos revitalizados, corte de grama, limpeza do jardim e chafariz recuperado
O Bosque do Imperador, no Centro, está sendo completamente recuperado pela Prefeitura, por meio da Comdep e da Secretaria do Meio Ambiente. A bomba do chafariz foi recuperada; os bancos, pintados; o parquinho foi reconstruído; e outras ações de manutenção também foram feitas, como a limpeza do jardim e o corte de grama.
O presidente da Comdep, Léo França, ressaltou a importância de fazer a manutenção frequente nas áreas públicas da cidade. “As praças têm muita importância para a população. Com o grande fluxo de pessoas que frequentam e passam diariamente por elas, percebe-se a necessidade de preservação do espaço. Mantendo o local limpo e organizado, todos podem usufruir da melhor forma”, destacou.
Além disso, as praças são as principais responsáveis pela presença de vegetação na cidade, como destacou o secretário de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz. “As árvores auxiliam na manutenção do clima, evitando ilhas de calor, melhorando a qualidade do ar e aumentando a biodiversidade. Esse trabalho de revitalização colabora para deixar a cidade ainda mais bela e promover mais espaços de lazer para todos os moradores e turistas”, afirmou.
Prefeitura inicia retirada de barreiras da Rua Pedro Elmer, no Itamarati
Secretaria de Obras desenvolve projeto para contenção da encosta
A Prefeitura iniciou, nesta semana, o trabalho de retirada das barreiras da Rua Pedro Elmer, que liga o Itamarati a Cascatinha. A via está com acesso liberado apenas aos moradores desde as fortes chuvas do início do mês, por conta de um deslizamento de terra. Sem a previsão de chuva, equipes da Comdep e da Secretaria de Serviços, Segurança e Ordem Pública conseguiram se dirigir ao local.
Nesta quarta-feira (19), o governo municipal esteve no local, no trecho localizado atrás do Clube Palmeira. Ele também visitou a rua de cima: uma servidão na Spartaco Banal, que fica acima da Rua Pedro Elmer.
“A Rua Pedro Elmer é uma via é estratégica para a fluidez no trânsito, por ser uma ligação alternativa entre Itamarati e Cascatinha, duas regiões que cresceram muito nas últimas décadas”, disse o prefeito Rubens Bomtempo.
Neste primeiro momento, o governo municipal fará um mutirão no local, que precisa de uma série de intervenções. O objetivo é devolver a normalidade à região o quanto antes.
“Estamos providenciando os reparos necessários para liberar a via o mais rápido possível. Mas, devido ao tamanho do problema no local onde houve o deslizamento, será necessária uma obra de grande porte, com muro de contenção e tudo para poder garantir a segurança das pessoas. A Secretaria de Obras já está desenvolvendo um projeto para tentar captar recursos para fazer essa obra o mais rápido possível”, disse o vice-prefeito e secretário de Obras, Habitação e Regularização Fundiári, Paulo Mustrangi.
A Comdep também já está atuando na limpeza da região. Já foi feita a limpeza da parte de baixo da rua, e agora será feita a limpeza da parte de cima.
“Vamos entrar com a capina, poda, limpeza e depois vamos lavar a rua com a pipa d’água”, disse o presidente da Comdep, Léo França.
O prefeito Rubens Bomtempo destacou a grande quantidade de lixo encontrado na rua de cima.
“Os deslizamentos têm relação direta com a colocação de lixo e entulho nas encostas, e aqui é prova disso. Tem que acabar com isso na nossa cidade. Vamos limpar tudo isso, colocar contêineres. Mas o povo tem que se conscientizar. Não tem outra saída. Temos que nos organizar, chamar associação de moradores, chamar os moradores para esse diálogo. A única saída que existe para nós melhorarmos a nossa cidade é essa. A cidade precisa parar de jogar lixo e entulho nas encostas”, disse Bomtempo.
Prefeitura e Enel avançam nas obras da rotatória do Carangola
Postes serão retirados e projeto será readequado, pois terreno desapropriado é menor do que área originalmente prevista
O projeto de implantação de uma rotatória na entrada do Carangola teve um avanço na manhã desta terça-feira (18). Como a área disponível para as obras é menor do que a exigida pelo projeto original, a Prefeitura irá readequar o projeto. Para isso, dois postes da rede elétrica precisarão ser remanejados. A Prefeitura custeará o serviço, que será realizado pela Enel Distribuição Rio (empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica em Petrópolis) em 30 dias.
Esse cronograma foi acertado na manhã desta terça-feira (18), em reunião entre o prefeito Rubens Bomtempo e representantes da Enel Distribuição Rio, da CPTrans e da Secretaria de Obras, Habitação e Regularização Fundiária.
“A CPTrans está acompanhando de perto a questão. A Secretaria de Obras também está acompanhando de perto a questão. Chamamos a Enel para ver o que poderia ser feito. Como é uma obra importante para o município, a Prefeitura custeará o serviço”, disse o prefeito Rubens Bomtempo.
O presidente da CPTrans, Jamil Sabrá, falou da importância da rotatória para a cidade.
“É uma obra importante para a fluidez do trânsito, principalmente no corredor de acesso aos distritos. No entanto, nós constatamos que ajustes precisam ser realizados, para que o projeto seja viável”, disse o presidente da CPTrans, Jamil Sabrá.
Para a implantação da rotatória, um terreno às margens da via que dá acesso ao Carangola (Estrada do Carangola) foi desapropriado no ano passado pelo então governo interno. No entanto, a implantação da rotatória nos moldes do projeto apresentado pelo governo passado exigiria uma desapropriação maior do que a que de fato foi realizada.
Por isso, para contornar esse problema e viabilizar a rotatória, a Prefeitura irá remodelar o projeto dentro da área disponível. Os postes que serão remanejados ficam: um na subida do Carangola, e outro próximo ao ponto de ônibus da via principal (Rua Hermogênio Silva) no sentido Centro.
Estrada de acesso ao Quilombo da Tapera receberá melhorias
Parceria entre MPF e Prefeitura permitirá obras na região, a partir de um TAC
O vice-prefeito e secretário de Obras, Paulo Mustrangi, esteve nesta quarta-feira (22) no Quilombo da Tapera (Vale da Boa Esperança) para debater as melhorias que a estrada que dá acesso à comunidade receberá. Mustrangi esteve acompanhado do procurador da República, Charles Stevan da Mota, de técnicos da Secretaria de Obras e do líder comunitário Adão Cassiano. As intervenções no local serão possíveis através de uma parceria entre a Prefeitura e o Ministério Público Federal e os recursos serão oriundos de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), no valor de cerca de R$ 300 mil.
“Essa parceria é muito importante para as 18 famílias que residem naquela comunidade. É importante que tenhamos ações que garantam melhorias aos moradores de lá”, disse o prefeito Rubens Bomtempo.
O acesso a comunidade tem aproximadamente dois quilômetros de extensão. A equipe definiu que a melhor estratégia será a aplicação de asfalto. Mustrangi destaca como a parceria entre a Prefeitura e o MPF possibilitará melhorias para a comunidade.
"Agora, com estas obras, será possível que cerca de 70 moradores tenham um acesso digno e coloquem em prática o projeto de turismo de base comunitária”, afirmou.
Os técnicos presentes ficarão responsáveis pela elaboração de um projeto detalhado com o que será necessário para as intervenções. Com isso, o projeto será custeado por empresas que assinarem o TAC junto ao MPF. A Prefeitura também ficará responsável pela supervisão das obras.
“É uma compensação ambiental, que ainda precisa ter homologação do juízo. Mas já estamos tentando preparar todos os termos”, disse o procurador Charles Stevan da Mota, lembrando que o objetivo é que os fundos do TAC sejam revertidos em benefício do município. “O que queremos, com o auxílio do poder público, é ter uma intervenção permanente”, disse.
O líder comunitário Adão Cassiano também mostrou o espaço que está sendo construído para a implementação do turismo de base comunitária. Lá, o objetivo é oferecer opções de alimentação para os visitantes e também de reuniões para o grupo. A melhoria na estrada vai possibilitar que o sonho de Cassiano se torne real: de ver a comunidade se tornando auto sustentável.
“Temos um projeto de turismo de base comunitária, mas é preciso ter um bom acesso para que as pessoas cheguem à comunidade. E não só isso, também para o nosso, para que possamos procurar médico e as crianças não tenham problemas com o transporte escolar”, afirmou.
Prefeito anuncia nova etapa da obra no Palácio de Cristal, a partir desta quinta-feira
O trabalho da equipe de arqueologia desvendou mais de duas mil peças, ligadas ao passado do palácio. Hoje, os arqueólogos buscam mapear a localização original do cruzeiro.
O governo interino anunciou o início, nesta quinta-feira (2), de uma nova etapa nas obras do Palácio de Cristal. Sob a supervisão de arqueólogos, as equipes da empresa que executa as intervenções no espaço vão avançar com o trabalho para a instalação da rede subterrânea de cabos e de tubulações. Com autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan, o serviço será feito nas áreas onde o trabalho de arqueologia já foi concluído.
“Este é mais um passo importante. O trabalho de arqueologia que foi determinado pelo Iphan segue em andamento, mas conseguimos autorização para avançarmos, paralelamente, com as demais intervenções do projeto. Tudo será feito com o acompanhamento da equipe de arqueologia. Estamos trabalhando muito para, o quanto antes, concluirmos e reabrirmos o Palácio à visitação”, afirmou o governo interino.
A reforma do Palácio de Cristal foi iniciada em 2019 e interrompida, no ano seguinte, pelo Iphan, que identificou a existência de material com potencial valor histórico, durante as escavações realizadas para a obra. Em 2021, a atual gestão da Prefeitura atendeu às exigências do órgão federal e retomou os trabalhos. “Enquanto arqueólogos vieram executando as escavações de pesquisa, tivemos a reforma dos banheiros, assim como a instalação de um novo piso na entrada, substituindo o saibro. Agora, as escavações para a instalação da rede elétrica e de esgoto serão iniciadas, com o monitoramento dos arqueólogos, para que isso não interfira no trabalho de levantamento histórico, que vem sendo realizado desde maio”, informa o secretário de Obras, que esteve hoje (1) no Palácio, em reunião com o gerente de obras da Engeprat, Cláudio Mills de Carvalho. “As próximas ações previstas são a instalação de um novo passeio, com piso tátil”.
O município também vai fazer melhorias no próprio palácio após a conclusão dos trabalhos na área externa.
Busca pela localização original do cruzeiro
O trabalho arqueológico no jardim do Palácio de Cristal vem buscando desvendar a história menos visível do espaço. Examinando os vestígios que estão além do que revela a estrutura imponente, pré-fabricada na França, na cidade de Arras, como encomenda às oficinas da Société Anonyme de Saint-Sauveur, de inspiração no Crystal Palace de Londres. Desde maio, mais de duas mil peças, entre pedaços de louças inglesas usadas pela elite do século XIX e de stoneware, foram encontradas. Algumas já estão expostas na entrada do que hoje é um ponto turístico. A maior parte, no entanto, foi encaminhada para análise em laboratório no sul Fluminense.
Desde setembro, os arqueólogos passaram a investigar um outro mistério ligado ao espaço. Nas fotos e gravuras do passado, havia um cruzeiro, que hoje está em um local diferente. “Esse cruzeiro ficava na frente do palácio, pelo que mostram as fotos do início do século passado. Aproximadamente, a cinco metros de distância. Reproduzimos a mesma foto, que foi tirada a partir do que hoje é a entrada do espaço, e conseguimos, com um trabalho de sobreposição de imagem e mapeamento a laser, identificar o provável ponto onde ele ficava”, revela Giovani Scaramella, diretor da empresa Grifo Arqueologia.
Já a gravura feita pelo artista Otto Reimarus, em 1854, a partir do palácio, em direção à rua Alfredo Pachá (onde se dá o acesso atual ao ponto turístico), revela outra hipótese a ser investigada: a de que o cruzeiro, antes mesmo da existência do Palácio de Cristal, era um ponto de adoração de fiés católicos, que vieram para a cidade a partir da colonização alemã. “Na análise é possível perceber que há uma espécie de oratório. Em volta, uma cerca. E, à frente, a imagem de uma pessoa com os braços erguidos. Nas nossas pesquisas, especialmente voltadas para os hábitos religiosos do povo alemão, que migrou para a cidade neste período, chegamos às Flurkreuz (cruz de piso, no alemão). Elas eram comumente instaladas em países da Europa como a Alemanha, em caminhos de peregrinação de fiés católicos. Antes do Palácio de Cristal já existia o uso social desse espaço. A Praça da Confluência, que ficava no lugar onde se encontravam os rios Quitandinha e Piabanha, surgiu em 1846 e a primeira notícia de uma atividade oficial na praça foi uma missa em homenagem à vinda dos colonos alemães. Em 1846, pelas pesquisas de historiadores locais, identificamos a possibilidade de existência de três cruzes como esta. A segunda, próxima à catedral São Pedro de Alcântara e uma terceira, cuja localização não foi identificada”, contextualiza a historiadora e educadora patrimonial da Grifo, Roselene Martins.
A historiadora ainda lembra que só a partir de 1870 o espaço começou a receber as primeiras exposições de hortícolas, como frutas, legumes, plantas e flores. “Era como se fosse uma feira de elite”, ressalta. “Essas exposições, que ocorriam uma vez por ano, faziam tanto sucesso que, a partir da ideia de Pedro II de um espaço permanente para elas, o Conde d’Eu, marido da Princesa Isabel e presidente da Sociedade Agrícola de Petrópolis, inspirado no Crystal Palace de Londres, encomendou o palácio pré-fabricado, que representa um momento em que a monarquia estava se mostrando atual para o século XIX. Trazer esse prédio de vidro e ferro inspirado nos ingleses, que eram o suprassumo da revolução industrial, simbolizava uma monarquia moderna, o que deveria ser a marca do Segundo Reinado”, afirma Roselene, que lembra que o palácio só foi inaugurado em 1884. “Há nesse espaço uma história a ser resgatada que é anterior ao palácio”.
Desde o dia 28 de setembro, uma nova demarcação de escavações foi feita na frente do Palácio de Cristal. Depois que a primeira etapa do trabalho concluiu o peneiramento dos 324 metros de trincheiras no aterro que compõe o jardim, os arqueólogos passaram a buscar evidências da estrutura original do espaço. Entre elas, a base do cruzeiro que já havia sido identificada nas fotos do século XX. “Foi traçada a demarcação para a nova trincheira. Esta com um metro de largura, um metro e meio de profundidade e 25 metros de comprimento. É um trabalho mais minucioso, para buscar a história em camadas anteriores à construção e utilização desse espaço nos séculos passados”, revela o diretor da empresa de arqueologia que informa que já é possível identificar vestígios de uma pavimentação anterior ao palácio. “Há pedras que são diferentes do padrão que encontramos nas outras escavações que podem ter sido parte do que era o caminho de acesso ao cruzeiro”.
Os técnicos identificaram ainda o ponto onde possivelmente estava instalado o cruzeiro. “Tanto o mês de outubro, quanto o início de novembro, dificultaram o trabalho porque trouxeram dias muito chuvosos. Mas, já conseguimos dar andamento às escavações no ponto demarcado onde estaria o cruzeiro. Encontramos uma espécie de sapata, uma estrutura de sustentação. Além disso, até agora, identificamos nove diferentes camadas de sedimentação de aterros no espaço. O próprio palácio foi construído em cima de um aterro de 40cm, elevado ainda por uma base de também 40cm. O que mostra que havia uma preocupação com as inundações que a praça da Confluência sofria no passado”, informa o mestre em arqueologia Kedma Gomes, que veio de Lisboa e coordena desde maio os trabalhos no Palácio de Cristal.