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Segunda, 16 Julho 2018 18:53

Auxílio no mapeamento, vistorias e em treinamentos: drone da Defesa Civil registra mais de 160 horas de sobrevoo

O equipamento permite o acesso a imagens de alta resolução com baixo custo de operação

O drone da Secretaria de Defesa Civil e Ações Voluntárias registra mais de 160 horas de sobrevoo auxiliando no mapeamento de áreas de preservação ambiental, vistorias técnicas e treinamento dos agentes. A ferramenta está sendo utilizada há sete meses e contabiliza mais de 50 mil metros quadrados de área percorrida. O principal benefício do equipamento é o acesso a imagens de alta resolução com baixo custo de operação do sistema. Como parte do Plano Inverno 2018 de Petrópolis, a Defesa Civil realizou um calendário de operações preventivas aos incêndios florestais sobrevoando as regiões de Araras, Secretário, Brejal, Bonfim, Caxambu e Alcobacinha. O material gerado fica disponível para estudo estudos dos órgãos ambientais. 

A grande quantidade de tempo e de área percorrida pelo drone tem o objetivo de reduzir o número de ocorrências de origem natural, como incêndios florestais e deslizamentos de terra, trabalhando de forma antecipada e organizada. Além disso, a ferramenta está disponível para órgãos de resposta, como as brigadas operacionais dos órgãos ambientais e do Corpo de Bombeiros. O sobrevoo permite que as equipes tenham acesso aos detalhes nas regiões de mata fechada.

“O drone é uma ferramenta importante no trabalho de prevenção aos desastres de origem natural que realizamos em Petrópolis. O nosso trabalho antecipado e organizado busca reduzir o número de ocorrências na cidade. Vale ressaltar também que o equipamento está à disposição para auxiliar os órgãos de resposta imediata as ocorrências”, afirma o secretário de Defesa Civil e Ações Voluntárias, coronel Paulo Renato Vaz.

A principal novidade do Plano Inverno 2018 de Petrópolis foi um calendário de operações preventivas aos incêndios florestais, ação que rendeu elogios das equipes operacionais dos órgãos ambientais parceiros da Defesa Civil. No interior da Reserva Biológica Estadual de Araras (Rebio/Araras), por exemplo, o equipamento norteou as equipes que estavam a mais de um quilômetro do foco de um incêndio. Com o drone, foi possível avaliar e se antecipar a um possível regresso do fogo, que havia sido extinto naturalmente durante a madrugada daquela noite.

“O drone sobrevoou uma área muito importante da nossa unidade de conservação no Vale das Videiras. É fundamental o estudo de uma região de mata em que já houve registro de incêndios florestais e que está em regeneração.  A ideia é mapear os acessos e levantar informações. O drone ajudará muito, pois chega facilmente a áreas de difícil acesso a pé, conferindo maior eficiência à ação e uma grande economia de recursos”, diz a chefe da Rebio-Araras, Isabela Bernardes.

A pedido da brigada operacional do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso), a Defesa Civil sobrevoou com o drone em três regiões: Bonfim, Caxambu e Alcobacinha. As imagens geradas pelo equipamento foram disponibilizadas aos brigadistas do Parnaso, que fazem o mapeamento e os estudos necessários dos locais. Em 2014, um incêndio florestal de grande proporção consumiu 1.840 hectares da área do Parque Nacional, o equivalente a 9,2% de toda a unidade de conservação.

“As queimadas são comuns no Caxambu, por causa do grande número de agricultores, e acabam atingindo outros locais, como é o caso do Alcobacinha. No mesmo dia em que realizamos a primeira operação, que foi no Bonfim, solicitamos o sobrevoo também nessas áreas, que são de grande preocupação das nossas equipes. O trabalho antecipado com o drone é importante, permitindo que a gente faça um histórico de imagens”, garante Gabriel Cattan, Analista Ambiental do Parnaso.

Além do trabalho nas áreas de preservação, o corpo técnico da Defesa Civil conta com o apoio do equipamento nas vistorias preventivas realizadas em todo o município. O drone também é utilizado nos treinamentos simulados realizados nas comunidades e nas ações de prevenção dos planos de contingência.

“Com o apoio da ferramenta, é possível aperfeiçoar o atendimento à população da cidade. Apesar das dificuldades, realizamos um trabalho antecipado de prevenção aos desastres de origem natural com o objetivo de garantir uma cidade mais segura para os petropolitanos”, completa o secretário de Defesa Civil.