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Segunda, 13 Agosto 2018 14:31

CPTrans adianta lançamento do Anuário Estatístico de Acidentes de Trânsito 2017 para setembro

Documento será apresentado durante reunião do Comutran

35 mortes em 2017 foram consequência do trânsito

A CPTrans vai adiantar para setembro o lançamento do Anuário Estatístico de Acidentes de Trânsito de 2017. O documento reúne todos os dados relacionados ao trânsito da cidade e estava previsto para ser apresentado à sociedade durante a Conferência de Trânsito em janeiro do próximo ano, mas os trabalhos de compactação dos dados foram concluídos antes do previsto e a previsão é de apresentação do documento oficial na reunião do Comutran de setembro.

Divido em três partes, o anuário traz a evolução da frota do município nos últimos quinze anos, até 2017. Este período também é utilizado para consolidar a evolução dos acidentes nos últimos cinco anos – parte dois do documento. E, por fim, o anuário sumariza em detalhes os acidentes de trânsito de 2017, apresentando informações como as 10 vias com maior número de acidentes e os 10 bairros com maior número de acidentes, entre outros.

“O documento reúne todos os dados oficiais registrados pela Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), além da Secretaria de Saúde. Para este documento, pela primeira vez a CPTrans elaborou uma metodologia que analisa os acidentes pós-cena, ou seja, aquelas pessoas que não morrem na hora do acidente, mas não chegam com vida ao hospital ou não sobrevivem após dias de internação”, explica o diretor-presidente da CPTrans, Jairo Cunha.

Os dados

Em 2017, 35 pessoas morreram em vias urbanas do município, sendo 17 em ‘cena’ e 18 no caminho às unidades de saúde ou durante o tratamento hospitalar. A maioria dos óbitos são de homens com idade entre 21 e 30 anos. Um dado alarmante é que 37% das vítimas fatais foram em decorrência de acidentes com motocicletas – se comparamos com a frota desse tipo de veículo (17% do total), pode-se afirmar que este é tipo de veículo mais perigoso do município. Além das vítimas registradas em vias urbanos, há, ainda, outras sete mortes, considerando os acidentes em rodovias estadual e federal.

De acordo com o anuário, 2017 teve um total de 1.589 vítimas de 1.776 acidentes.  A maioria são colisões (36%), abalroamentos (17%) e choques (14%), mas um dado que chama a atenção é o número de vítimas fatais considerando o tipo de acidente: 31% são de colisão e 26% de atropelamento, sendo que a maioria deles foram na Paulo Barbosa, via que, pela primeira vez entrou na lista entre as 10 com mais acidentes.

“Segundo a seguradora responsável pelo DPVAT, são os pedestres a segunda categoria que mais indeniza em todo país. Só no primeiro semestre deste ano foram 170 mil indenizações, sendo 42.650 para pedestres por morte, invalidez permanente e despesas médicas hospitalares. As vítimas também ocupam o segundo lugar nas indenizações pagas por acidentes fatais, um total de 5.506. Além disso, mais de 32 mil pedestres foram indenizados por invalidez permanente”, explica o diretor técnico e operacional da CPTrans, Luciano Moreira.

O anuário traz, também, os dados sobre as vias com maior número de acidentes na cidade: a Estrada União e Indústria lidera, mais uma vez, o ranking entre as 10 mais. A segunda é a Barão do Rio Branco, seguida da General Rondon, Rua Bingen, Coronel Veiga, Washington Luiz, Imperador, Hermogênio Silva, Quissamã e Paulo Barbosa. O total de vítimas nestas 10 vias representou 40% do total de vítimas no município. Essas ruas também representam 20% do total de acidentes com vítimas fatais na cidade.

Analisando por bairros, o Centro é o que mais ocorre acidentes, 35% entre os 10 bairros. Itaipava (14%), Corrêas (10%). Quitandinha (10%), Bingen (7%), Posse (6%), Nogueira (6%), Alto da Serra (5%), Araras (4%) e Retiro (4%). Cerca de 65% dos acidentes de trânsito do município ocorreram nestes 10 bairros, sendo que 62% do total de vítimas de acidentes foram também dentro destes 10 bairros.

Crescimento da frota

A curva ascendente das estatísticas está diretamente relacionada ao aumento no número de veículos da cidade. A frota total registrada em Petrópolis aumentou 82,3% em15 anos, chegando a 166,9 mil veículos no final do ano passado. A taxa de motorização em Petrópolis chegou a 56 veículos para cada 100 habitantes, número superior à taxa de motorização do país que chegou a 47 veículos para cada 100 habitantes no ano estudado.

Considerando os últimos 15 anos, a frota de transporte individual (carros de passeio e motos) teve seu pico máximo no ano de 2009,representando 85% da frota total. Em 2017 esse percentual caiu para 84%, devido ao crescimento do transporte de carga, que passou de 13,9% em 2009 para 15% em 2017. A frota de motos aumentou 98% em 15 anos, chegando a 28 mil veículos em 2017.