Atendimento Educacional Especializado contempla 274 alunos da rede municipal
Ao longo do ano, os 274 alunos que são atendidos nas aulas do Centro de Referência em Educação Inclusiva João Pedro de Souza Rosa – CREI – da Secretaria de Educação, participaram de aulas de artes, música, teatro, capoeira e gastronomia e nessa quarta-feira (24.10), durante a Festa da Cultura, os trabalhos desenvolvidos pelos alunos durante o projeto “Uerê”, criado nas aulas de arte, foram apresentados para os familiares. A programação especial também contou com oficina de culinária, apresentação musical e de capoeira.
O CREI é uma referência no atendimento de educação especializado, ou seja, oferece para os alunos aulas diversificadas que contribuem para o seu pleno desenvolvimento. A cidade tem no CREI profissionais gabaritados que atendem esses alunos com muito carinho e dedicação.
Na ocasião, os pais e familiares puderam conhecer os trabalhos manuais criados pelos alunos: adornos africanos, máscaras, peças de argila e desenhos, além de quadros, máscaras, desenhos e bonecas de pano. Todas as atividades forma previstas no projeto “Uerê’. Participam das aulas alunos diagnosticados com síndrome de down, autismo, baixa visão e déficit de atenção.
“A intenção foi a de trabalhar a oralidade, a escrita e o próprio talento dos alunos através das atividades interdisciplinares. Nas aulas, eles foram incentivados a pesquisar os elementos da cultura africana nas aulas de informática e de lá tiraram as ideias para construção dos trabalhos manuais”, disse Beatriz Taveira, professora de artes.
Além dos trabalhos manuais, os alunos aprenderam ao longo do ano a identificar palavras com origem africana, construíram o mapa da África com papel machê e construíram dobraduras que representam os animais típicos do país, como girafa e elefante.
“Eles adoraram as atividades. É muito importante esse momento cultural para eles. Durante as aulas de arte, eles puderam fazer pesquisas na internet, desenhar, pintar e até conhecer músicas africanas. Foi uma verdadeira quebra de paradigmas e todos se mostraram muito interessados”, contou a diretora do CREI, Claudia Mussel;
Além de conhecer os trabalhos artísticos, os pais e familiares puderam prestigiar uma oficina culinária: arroz doce e pipoca, pratos que tem origem africana.
“Meu filho adora esse lugar. Ele está fazendo aulas de arte e pude perceber uma melhora significativa no seu desempenho na escola, principalmente com relação à concentração e disciplina. Fiquei ansiosa por esse momento porque queria muito ver todos os materiais que ele tinha fabricado”, contou Mayara Cogliatti, mãe do Miguel Adriano, de 8 anos, diagnosticado com déficit de atenção.
Rosemere Elias, mãe do Kauãn Elias – que tem dislexia - ressaltou o reforço na coordenação motora. “Depois que meu filho começou a participar das aulas de arte, passamos a entender o que ele escrevia e isso fez toda a diferença para ele também na escola. Atualmente ele está tão apaixonado pelas aulas que separa todos os materiais recicláveis que ele encontra para criar coisas novas”.
CREI: atendimento especializado
O CREI atende os alunos da rede municipal que se enquadram na modalidade de educação especial. Além das aulas de arte, o CREI oferece aulas de informática, ensino lúdico na perspectiva do desenvolvimento integral da criança, braile, técnica de baixa visão, orientação e mobilidade e estimulação tátil, psicomotricidade e oficina da palavra.
De acordo com a diretora do CREI, Claudia Mussel, as oficinas promovem possibilidades que vão além do currículo tradicional e da escolarização. “O lúdico, os jogos estão sempre presentes. As oficinas promovem atividades que contribuem para autonomia e emancipação deste indivíduo. Acreditamos na superação e na possibilidade de nossos alunos e de toda equipe”, explicou Claudia.
“No CREI os alunos participam de atividades no contraturno escolar que contribuem para o desenvolvimento pedagógico no âmbito escolar. Os profissionais garantem o melhor atendimento de acordo com a necessidade de cada aluno”, explica a secretária de Educação, Samea Ázara.