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Quinta, 05 Setembro 2013 10:09

Petrópolis sedia formatura de profissionais para a Terapia Comunitária Integrativa

No último sábado (31/8) Petrópolis sediou o quarto encontro do processo de formação do projeto “Capacitação em Terapia Comunitária Integrativa com Ênfase em Contextos de Calamidades Públicas”, promovido pelo Ministério da Saúde com apoio da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura. O encontro realizado na Casa do Sol, no Quitandinha, contou com a presença e apoio do secretário de Saúde, André Pombo, que indicou 14 profissionais da rede para a capacitação.

Além de Petrópolis, participam da formação profissionais de Teresópolis, Friburgo, Macaé, Nilópolis, Rio de Janeiro, Niterói e Rio das Flores. O curso teve início em maio deste ano e tem conclusão prevista para 2014. As aulas são divididas em quatro módulos e oito intervisões (encontros para trocas de experiências).

O projeto visa capacitar diferentes atores sociais na metodologia da Terapia Comunitária Integrativa (TCI) para que possam utilizá-la em situações de extrema adversidade contribuindo para a detecção precoce dos principais riscos e agravos que afetam a saúde física e mental. “A TCI é uma técnica, uma abordagem em grupo que podemos definir de uma forma sintética como a construção de redes solidárias. Desenvolvem-se grupos (rodas) nas comunidades, nas instituições, nos mais diversos espaços, onde as pessoas trazem seus problemas, suas dificuldades, mas também descobrem em grupo, em conjunto, que também temos as soluções,” explicou a Supervisora do Departamento de Atenção Básica e Coordenadora da implantação do projeto em Petrópolis, Norma Thiago Pontes.

De acordo com o relato do professor Adalberto Barreto, criador da metodologia, a experiência chegou aos órgãos públicos após divulgação dos resultados de uma pesquisa feita pela Universidade Federal do Ceará, pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e pelo Movimento Integrado de Saúde Mental Comunitária do Ceará (MISMEC-CE). O estudo revelou que de 12 mil pessoas que frequentavam as rodas de terapia comunitária entre 2005 e 2006 em todo o Brasil, apenas 11,5% precisaram ser encaminhadas para os serviços de atenção a saúde. Mais de 80% dos problemas apresentados nas rodas foram resolvidos ali mesmo. “A terapia comunitária funciona, portanto, como uma espécie de triagem dos casos que realmente precisam ser encaminhados para diferentes serviços de saúde. Atua como uma prática de prevenção e promoção à saúde”, destacou o secretário de saúde André Pombo.