Produção da Força Aérea Brasileira passa a integrar a exposição permanente da “Encantada” e contribui para contar a história de Santos Dumont

No Dia do Aviador — data que celebra o histórico voo de Alberto Santos Dumont com o 14-Bis, em 1906 — o Museu Casa de Santos Dumont passa a exibir um vídeo produzido pela Força Aérea Brasileira (FAB) com o uso de Inteligência Artificial, que ajuda a contar a trajetória do Pai da Aviação.

Com cerca de dois minutos de duração, o vídeo está disponível no espaço dedicado à FAB dentro do Museu. A produção utiliza imagens históricas de Santos Dumont em momentos marcantes, como o voo de balão ao redor da Torre Eiffel e o primeiro voo com o 14-Bis. Por meio da IA, as fotografias ganham movimento, conectando os eventos e dando vida à história.

Além do novo material, que passa a integrar de forma permanente o espaço da FAB, o Museu recebeu nesta quarta-feira (23/10) os estudantes da Escola Municipal de Educação Especial Santos Dumont para uma sessão de contação de histórias com a artista Cristina do Amaral Marques Ferreira, dentro do projeto “Agapito e Leopoldina – Trilhando Histórias para Ler e Contar”.

Dia do Aviador

A Força Aérea Brasileira (FAB) celebra, neste 23 de outubro, o Dia do Aviador, que rememora o histórico voo de Alberto Santos Dumont com o 14-Bis, em 1906. Nesse dia, pela primeira vez, uma aeronave mais pesada que o ar decolou por seus próprios meios, colocando o Brasil na vanguarda da aviação mundial.

Reconhecido como Pai da Aviação e Patrono da Aeronáutica Brasileira, Santos Dumont realizou seu voo no Campo de Bagatelle, em Paris, diante de uma multidão e da Comissão Oficial do Aeroclube da França. Esse feito não apenas abriu caminho para o desenvolvimento da aviação moderna, como também lançou as bases para a criação da FAB — responsável hoje pela defesa do vasto espaço aéreo brasileiro, que cobre uma área de mais de 22 milhões de km².

Museu Casa de Santos Dumont

A residência de verão de Alberto Santos Dumont, conhecida como “A Encantada”, foi construída em 1918 e preserva até hoje suas características originais. O museu reúne um acervo com objetos pessoais, livros, cartas e mobiliário, além de elementos curiosos, como o chuveiro inventado por Dumont e a escada de entrada com degraus em forma de raquete — que só podem ser subidos começando com o pé direito.

Anexo à casa, o Centro Cultural 14-Bis abriga exposições e exibições de filmes sobre a vida e as invenções do inventor. Após a morte de Santos Dumont, em 23 de julho de 1932, sua família doou o imóvel à Prefeitura, que o transformou em museu em 1956. Atualmente, o espaço recebe cerca de 10 mil visitantes por mês, preservando e difundindo o legado do Pai da Aviação.