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Quarta, 03 Setembro 2014 09:47

Educação não para: apenas seis das 180 unidades de ensino fecharam nesta terça-feira

A secretária de Educação, Mônica Freitas, fez hoje (2/9) um agradecimento aos servidores que, em sinal de reconhecimento dos esforços do governo municipal para garantir melhorias à categoria e responsabilidade com as crianças e pais de alunos da rede, compareceram ao trabalho no primeiro dia de paralisação organizada pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe). O movimento, segundo levantamento feito pela secretaria, interrompeu nesta terça-feira o funcionamento de apenas seis das 180 unidades de ensino, sendo cinco Centros de Educação Infantil e uma escola. A maior preocupação do governo municipal é evitar prejuízos aos estudantes, que devem ter assegurado o direito à educação, e a seus responsáveis, que muitas vezes dependem de deixar seus filhos na escola para poder trabalhar.

A Prefeitura confirmou que as faltas registradas não apenas hoje (2/9) como também nos demais dias de paralisação serão descontadas dos vencimentos. “A decisão é um sinal de respeito do governo àqueles que mantiveram seus compromissos com o trabalho, levando em consideração o comprometimento da atual administração com a categoria e a importância de seu papel na formação de cidadãos comprometidos e responsáveis”, disse o secretário de Administração e Recursos Humanos, Henrique Manzani, que vinha participando, pessoalmente, do diálogo entre a Prefeitura e o sindicato.

Mônica Freitas ressaltou que o governo municipal sempre esteve aberto ao diálogo e lamentou as recentes ações do sindicato. “Por inúmeras vezes sentamos com os representantes da categoria, incluindo os representantes do Sepe, a fim de discutir melhorias para os profissionais. Foram várias reuniões. Não é correto, agora, dizer que nada foi feito, que não houve avanço, que não houve negociação”, lamentou.

Ela lembrou que, desde janeiro de 2013, o município garantiu avanços significativos à categoria, como o enquadramento de 1.125 servidores no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) – processo que estava congelado desde 2011 – e reajustes salariais acima da inflação - 8% de reajuste salarial em 2013 e 8% em 2014, que representaram um ganho real para os profissionais. Além disso, em um ano, 1.101 profissionais aprovados em concurso público foram convocados e, hoje, já atuam na rede. Ela também citou a preocupação em oferecer uma merenda mais saudável para os alunos do município, a ampliação do Mais Educação, a Gincana Escolar, a recuperação dos laboratórios de informática e a expansão do Prouca, que, em 2015, será estendido para mais 24 unidades de ensino, como avanços na área.

“Reconhecemos que ainda há muito para ser feito. Nunca negamos isso. Mas é importante que todos tenham consciência de que temos que cumprir leis, seguir regras. Nos surpreendemos ao perceber que a mesa de negociações estava sendo usada de forma a estimular um verdadeiro embate político. Não queremos isso. Estamos trabalhando por políticas públicas consistentes de curto, médio e longo prazo. Fazemos isso de forma responsável e transparente. Não vamos prometer nada que não possamos de fato cumprir”, avisou a secretária de Educação.

A politização da pauta está levando o governo, agora, a buscar outros interlocutores com a categoria. “Vamos continuar avançando, fazendo o que sempre fizemos: dialogando”, garantiu Mônica Freitas.