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Terça, 25 Novembro 2014 08:56

Prefeitura promove ação na abertura da campanha dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher

A Prefeitura, em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Comdim), dá início nesta terça-feira (25/11), na Praça Dom Pedro, à campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”. A mobilização é internacional e tem como objetivo a promoção do debate e estímulo à denúncia das várias formas de violência contra as mulheres. A campanha também reúne ações da Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania (Setrac), da Secretaria de Saúde, do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e da Economia Solidária.

Além da conscientização com distribuição de panfletos e cartilhas, a população poderá se manifestar sobre a violência conta a mulher em um varal livre. Também haverá ações do Programa DST-Aids da Secretaria de Saúde e da campanha Tenha Atitude. “É importante que todos participem deste movimento, que desperta a atenção das pessoas para esta violência”, lembrou a presidente do Comdim, Luciane Bomtempo.

A mobilização continua em 1º de dezembro, no Dia Mundial de Combate à Aids, com eventos voltados à conscientização sobre a doença. No dia 6, em alusão ao Dia do Laço Branco, será realizada uma das ações mais significativas da campanha, com a ocupação da Praça da Liberdade. Além da distribuição de panfletos, estão previstas outras atividades, como recreação infantil, show, aferição de pressão, limpeza de pele e corte de cabelo, entre outros. O Dia do Laço Branco foi instituído em Petrópolis por iniciativa do prefeito Rubens Bomtempo, que sancionou a lei nº 7106 de 17 de outubro de 2013. O objetivo é mobilizar os homens pelo fim da violência contra as mulheres.

Entre os dias 26 de novembro e 5 de dezembro serão realizadas palestras nos Centros de Referência e Assistência Social (Cras), para os responsáveis pelos jovens que participam dos grupos de fortalecimentos de vínculos. A campanha termina no dia 9 de dezembro, durante a última reunião ordinária do Comdim, quando será aberta a exposição “Mulheres de Fibra”, no Centro de Cultura Raul de Leoni.

Números chamam atenção - De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) uma em cada quatro mulheres é vítima de abusos sexuais por seu parceiro e quase metade das mulheres que morrem por homicídio é assassinada por seus companheiros (atuais ou anteriores). A violência assume diversas formas: agressão física, sexual, assédio psicológico, coerção, entre outras.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 70 % das mulheres sofrem algum tipo de violência em algum momento da vida. Entre 15 e 44 anos elas correm maior risco de sofrer estupro e violência doméstica do que de ter câncer, sofrer acidente de carro, morrer em guerra ou ter malária. No Brasil, mesmo com a criação da Lei Maria da Penha, que prevê penas mais rígidas para crimes contra as mulheres, dados do Ministério da Saúde mostram que mais de 60% dos atendimentos na área de saúde ainda são relativos à violência doméstica contra as mulheres.