A Prefeitura, por meio do Programa de Hanseníase, inicia na próxima quarta-feira (5/8) - data em que é marcada como o dia estadual de combate a doença - a campanha de conscientização, mobilização e combate à doença. Durante todo o mês de agosto as equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF) estarão divulgando informações sobre a hanseníase nas comunidades e no dia 19, todas as unidades de saúde estarão promovendo ações de conscientização.
“É importante a mobilização da população e o apoio das equipes de Estratégia de Saúde da Família. A hanseníase tem cura e, se for diagnosticada precocemente, pode ser tratada mais fácil e rapidamente”, ressaltou o coordenador do programa, o dermatologista Attílio Valentini. Em Petrópolis, a incidência da doença é baixa, sendo notificados em média oito casos por ano, de acordo com dados do Programa Municipal de Hanseníase.
O tratamento – que pode durar de seis meses a doze meses - é disponibilizado gratuitamente em toda a rede de atenção básica e prevê também a garantia dos medicamentos. “A orientação do Ministério da Saúde é estimular os municípios a descentralizar os atendimentos para facilitar o acesso da população”, disse Attílio. A hanseníase, conhecida oficialmente por este nome desde 1976, é uma das doenças mais antigas da história da medicina. É causada pelo bacilo de Hansen, o mycobacterium leprae, um parasita que ataca a pele e nervos periféricos, mas pode afetar outros órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. Não é, portanto, hereditária.
Com o avanço da doença, o número de manchas ou o tamanho das já existentes aumenta e os nervos ficam comprometidos, podendo causar deformações em regiões, como face, mãos e pés, e impedir determinados movimentos, como abrir e fechar as mãos. Além disso, pode permitir que determinados acidentes ocorram em razão da falta de sensibilidade nessas áreas. O diagnóstico consiste, principalmente, na avaliação clínica: aplicação de testes de sensibilidade, força motora e palpação dos nervos dos braços, pernas e olhos. Exames laboratoriais mais específicos, baciloscopia e biópsia das lesões da pele para histopatológico, podem ser necessários.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de prevalência da hanseníase e ainda registra cerca de 30 mil novos casos por ano, sendo o segundo em número absoluto de casos no mundo.