O edital do Som e Cristal 2016, que seleciona espetáculos musicais de artistas petropolitanos para apresentações no Palácio de Cristal, recebeu este ano a inscrição de 33 projetos, superando os 28 em 2015, dos quais nove foram escolhidos após duas etapas: triagem dos inscritos e avaliação dos habilitados. O projeto é uma parceria entre a Prefeitura, por meio da Fundação de Cultura e Turismo, o Conselho Municipal de Cultura e o SESI Cultural.
 
“Ficamos felizes com a adesão dos artistas petropolitanos neste ano, demonstrando a consolidação do projeto, que tem como objetivo principal valorizar a produção musical de Petrópolis, além de contribuir para o fortalecimento da programação cultural da cidade”, comentou a presidente da FCTP, Drica Madeira.
 
Os shows do Projeto Som e Cristal acontecem num dos mais belos cartões postais da Cidade Imperial – o Palácio de Cristal, uma vez por mês, sempre aos sábados, às 18h, com entrada franca. O lançamento da temporada 2016 aconteceu ontem (10), com apresentação da Orquestra Sinfônica Cesgranrio.
 
Dos 33 inscritos, os nove espetáculos selecionados foram: Rodrigo D’Avila Marques Martins – Aldeia Jazz; Rodrigo Barcelos de Oliveira Machado – Buarque-se: Chico para violão solo; Carlos Eduardo Fernandes – Trio Dona Flô (Luiz Gonzaga – Passando em frente); Ana Cristina Menezes Marinho Sampaio – Ana Sampaio em 80 anos de Maysa; Márcio Tavares Negócio – Som de Caboclo; Jeferson Prata – Portas da Percepção: um tributo ao The Doors; Luciane Marques da Silva – Acústico The Beatles; João Felipe Verleun – Fog Session Acústico; e Diego Fernandes Forte – Da Ópera ao Musical.
 
Som de Caboclo
 
O primeiro a se apresentar no Som e Cristal 2016 é o compositor Márcio Negócio, no dia 12 de março, trazendo para o palco “Som de Caboclo”, que nasceu a partir de suas experiências com a cultura afro-brasileira, em seguidas viagens ao recôncavo baiano. Um som que mistura canções originais com as da tradição de Umbanda e Candomblé, num show forte, dançante, percussivo, mas cheio da melodia ancestral, homenageando os Orixás, Inquisses e Voduns.
 
“Som de Caboclo” estreou no Solstício do Som em 2015, com tambores e ritmos ancestrais, além de fortes canções autorais, com retorno imediato da platéia, não acostumada à música brasileira em especial a de raiz. Para o compositor, “o show tem ingredientes que faltam ao cenário musical e artístico petropolitano, quais sejam: espiritualidade, organicidade, originalidade”.