Imprimir esta página
Sexta, 17 Fevereiro 2017 19:29

Secretaria de Saúde e Fiocruz se reúnem para tentar reimplantar projeto de práticas integrativas

O objetivo é que sejam fornecidas plantas medicinais aos pacientes da Atenção Básica 

A Secretaria de Saúde buscará viabilizar o fornecimento de plantas medicinais para auxiliar na terapêutica dos pacientes assistidos pela Atenção Básica. Em reunião junto à Fiocruz nesta sexta-feira (17.02) foi revelado que a parceria firmada desde 2012, que previa o fornecimento das plantas medicinais aos postos e Unidades de Saúde, não estava sendo cumprida devido à dificuldade de adquirir os insumos dos agricultores locais. Com o objetivo de reestabelecer o convênio e valorizar os agricultores locais, a Secretaria de Saúde colocará em pauta do Conselho Municipal de Saúde (ComSaúde) a solicitação de inclusão das plantas medicinais na lista de medicamentos do município e uma tentativa futura para conquista de verba para custeio e distribuição das plantas medicinais na rede. 

A diretora do departamento de Atenção Básica da Secretaria de Saúde, e membro do ComSaúde, Fabíola Heck, explicou que a iniciativa faz parte da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema de Saúde. 

“Esta iniciativa é do Ministério da Saúde e por conta disso, nós podemos tentar futuramente viabilizar uma verba de custeio para pagar esses agricultores e dentro da rede, referenciar as unidades para a distribuição das plantas medicinais. Também será necessário o treinamento das equipes para que se crie a cultura da indicação e uso como chás ou emplastos”, comentou Fabíola Heck. 

O diretor da Fiocruz, Felix Rosenberg, revelou que a realização do projeto pode proporcionar o crescimento econômico sustentável, com geração de emprego e renda para o município. “O produtor do município poderá continuar plantando as hortaliças, verduras, mas passará também a produzir outros elementos que sejam alternativas para tratamentos de saúde”, destaca. 

São mais de 70 plantas ofertadas que poderão ser trabalhadas de quatro formas: frescas ou secas. Segundo a farmacêutica da Fiocruz, Lilia Gomes, o uso de plantas medicinais traz para o município um resgate a raízes culturais. 

“As pessoas já têm o conhecimento de que o guaco auxilia no sistema respiratório e a carqueja no digestivo, por exemplo, isto é muito natural. No município já temos entidades que fornecem remédios com plantas medicinais. Nós estamos propondo um serviço para auxiliar os distúrbios de baixa gravidade. Através do uso de um chá, banho ou emplasto”, relatou Lilia Gomes.