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Quarta, 05 Abril 2017 13:16

Secretários visitam Centro de Operações do Rio de Janeiro

Uma comitiva de secretários municipais visitou o Centro de Operações do Rio de Janeiro (COR), o mais moderno e completo do Brasil, referência mundial na tecnologia de ponta e cruzamento de informações para tomar decisões sobre a gestão de município. A Secretaria de Planejamento, Meio Ambiente e Desenvolvimento, por intermédio do departamento de Ciência e Tecnologia, liderou o grupo de nessa ação durante essa terça-feira (04.04).

A visita é um desdobramento da Conferência da Cidade, realizada no último mês, onde foram traçadas metas para o melhor desenvolvimento de Petrópolis, baseadas no conceito de “Cidade Inteligente”.

“É essencial conhecer um projeto que deu certo e pode nos nortear futuramente na instalação de um Centro de Operações na cidade. Faremos tudo para integrar os serviços e melhorar a realidade do nosso município”, disse o prefeito Bernardo Rossi, que apoiou a ação de sua equipe com o objetivo de entender todos os processos de desenvolvimento do COR.

“Essa foi uma primeira visita. A Secretaria de Desenvolvimento e o departamento de Ciência e Tecnologia entendem que o projeto é inovador e necessário. Vamos buscar parcerias público-privadas para viabilizar a instalação de um Centro de Operações em Petrópolis. A cidade precisa disso nas questões com relação à prevenção e para a resolução rápida de problemas”, disse o secretário de Planejamento, Meio Ambiente e Desenvolvimento, Marcelo Fiorini.

Na ocasião, o chefe de tecnologia do Centro de Operações do Rio, Alexandre Cardeman, explicou como as operações funcionam. “Recebemos muitas pessoas de outros países como Japão e Coréia que estudam a nossa forma de trabalho. As trocas de informações entre os setores que atuam no Centro de Operações e a resposta rápida fazem toda a diferença no nosso trabalho de prevenção e na atuação de questões pontuais, como por exemplo, um atropelamento. O tempo da chegada da ambulância e do policiamento é de aproximadamente dez minutos. As câmeras flagram a ocorrência e as equipes entram em contato imediatamente com os setores responsáveis pelo socorro”, explicou Alexandre.

Segundo Alexandre, o Centro de Operações do Rio também monitora o trânsito, clima, pluviômetros e nível dos rios. “Conseguimos ver o quanto está chovendo em cada ponto da cidade. Temos os pontos de apoio mapeados e os contatos das pessoas deficientes, como por exemplo, que precisam de apoio caso haja a necessidade de sair de casa e se dirigir ao ponto de apoio. Mapeamos inclusive os bolsões de água e a partir do monitoramento, sabemos quando é necessário bloquear o local para o trânsito. Quando a energia acaba em uma localidade, a Light informa por quanto tempo as pessoas ficarão sem energia e nós podemos entrar em contato com a escola para informar sobre o problema, esses são alguns exemplos do cruzamento de informações que ajudam na rotina da cidade. A implantação de Centro de Operações é muito importante para qualquer cidade, porque deixa um legado para a população, mostra a resposta rápida do poder público e incentiva os moradores a mandar informações sobre os problemas. Para dar certo é necessário o investimento em tecnologia”, explicou.

O diretor do departamento de Desenvolvimento Econômico, Fernando Pessoa, falou sobre a importância do Centro de Operações na prevenção. “Esse é o exemplo de uma cidade inteligente, ter o controle de tudo o que está acontecendo e poder prever alguns movimentos e minimizar os impactos para a população”.

A visita ao Centro de Operações foi intermediada pelo consultor de tecnologia petropolitano Carlos Silva. “Petrópolis tem tudo para dar o passo inicial na implantação de um Centro de Operações. Recursos de alguns setores já existem. O ideal é realizar a integração de todos os sistemas de monitoramento e buscar apoio e parcerias para viabilizar o projeto”.

“Conhecemos o conceito durante a conferência da cidade e viemos conhecer de perto essa tecnologia. Agora vamos estudar a melhor forma de instalar um centro de operações em Petrópolis”, explicou Darlan Mendes, diretor do departamento de Ciência e Tecnologia.

Também participaram da visita o presidente da CPTrans, Maurinho Branco e o futuro secretário da pasta de Serviços, Segurança e Ordem Pública, Djalma Januzzi.

Monitoramento em tempo real

Todas as informações da cidade recebidas no Centro de Operações são tratadas e geradas por 300 monitores. A sala de controle, centro de inteligência do projeto, possui o maior telão da América Latina, com 80 metros quadrados, de onde mais de 70 controladores monitoram a cidade em tempo integral, apresentando em tempo real dados de trânsito, meteorológicos e de funcionamento dos serviços básicos.

O COR foi inaugurado em dezembro de 2010 e funciona como quartel-general de integração das operações urbanas no município. Cerca de 30 órgãos (secretarias municipais e concessionárias de serviços públicos) estão integrados no edifício para monitorar a operação da cidade e minimizar seus impactos na rotina do cidadão ou durante a realização de grandes eventos.

Durante 24 horas por dia, nos sete dias da semana, o COR busca antecipar soluções, alertando os setores responsáveis sobre os riscos e as medidas urgentes que devem ser tomadas em casos de emergências, como chuvas fortes, deslizamentos e acidentes de trânsito. Mais de 500 profissionais se revezam em três turnos neste monitoramento da cidade. Em situações de crise, o centro operacional conta ainda com sistema de videoconferência que permite comunicação em tempo real com a residência oficial do prefeito e a sede da Defesa Civil municipal.

O COR conta com representantes de órgãos como: Defesa Civil, Guarda Municipal, CET-Rio (companhia de tráfego da cidade), Bombeiros, Polícia Militar, Light (eletricidade) e CEG (gás).