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Quarta, 26 Abril 2017 17:53

Prefeitura se reúne com MPF sobre Duarte da Silveira

Prefeito Bernardo Rossi garantiu que estuda alternativas para solucionar questão da demarcação da Reserva do Tinguá.
Município busca outras áreas para demarcação que não dependam de desapropriação de moradores.

O prefeito Bernardo Rossi garantiu ao Ministério Público Federal que o município está em busca de solucionar o impasse que existe em relação à demarcação da Reserva Biológica do Tinguá.O assunto foi tema de reunião no MPFconduzida pela procuradora da República, Vanessa Seguezzi, nesta quarta-feira (26.04) com a participação de várias secretarias, do Instituto Chico Mendes (ICMbio), do Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH), da Águas do Imperador, e de moradores. Esse encontro serviu para discutir o andamento de uma ação civil pública movida pelo MPF desde 2013 sobre o assunto. A prefeitura busca outras áreas que possam ser usadas na demarcação, sem necessidade de desapropriar várias famílias.

“Essa é uma situação que dá para resolver. São mais de 400 casas na região. É obrigação do município fazer isso e estamos todos aqui nos ajudando com esse objetivo”, disse Bernardo Rossi.

Em 2013, o MPF iniciou uma ação civil pública para que o ICMbiofizesse a demarcação da Reserva do Tinguá.Aprefeitura foi envolvida nessa ação por causa da regularização fundiária sustentável da área. Ela chegou a ser demarcada em 1989, mas incluiu uma área urbanizada e com centenas de moradias.

A gestão passada chegou a oferecer uma outra área de 112 hectares, 10 vezes maior do que a área correta da demarcação. No entanto, não apontou se esse espaço era público ou se tinha proprietário, levantamento que a Secretaria de Meio Ambiente está fazendo nesse momento.A prefeitura também vem buscando alternativas para a demarcação da reserva e está estudando outras áreas para oferecer ao ICMbio.

Também foi acertada nessa reunião uma integração entre a Secretaria de Assistência Social, o setor de Habitação da Secretaria de Obras e a Águas do Imperador para que seja realizado um levantamento das famílias e das residências que moram naquela região. O objetivo é que possa ser definido que tipo de estrutura será construído na comunidade para rede de esgoto (ou um biodigestor ou uma estação de tratamento compacta). O trabalho de topografia já foi realizado pela concessionária, mas a empresa precisa ter ciência do tamanho da demanda para determinar qual a melhor modalidade a ser emprega por lá. Todos os envolvidos vão voltar a se reunir já na semana que vem para dar início a esse cadastramento.

“A comunidade é tão sofrida que não consegue nem externar o que é melhor para eles. Por isso, vamos fazer um trabalho de conscientização dos moradores sobre a chegada desses serviços”, afirmou a presidente da Associação de Moradores do Duarte da Silveira, Solimar Santos.

Também participaram da reunião o vice-prefeito Baninho; o procurador-geral do município, Sebastião Médici e os secretários de Obras, Ronaldo Medeiros; Defesa Civil, Paulo Renato Vaz; Assistência Social, Denise Quintela e Meio Ambiente, Fred Procópio.