Trabalho é realizado em quatro eixos: alertas antecipados, mapeamento de risco, planejamento urbano e obras de reabilitação e prevenção
Representantes das Secretarias de Defesa Civil e Ações Voluntárias e de Obras e da Coordenadoria de Planejamento e Gestão Estratégica apresentam na quinta (08.06) e sexta-feira (09.06), em Brasília, o andamento das ações dos quatro eixos do manual do Projeto de Gestão Integrada de Desastres Naturais (Gides): alertas antecipados, mapeamento de risco, planejamento urbano e obras de reabilitação e prevenção. O encontro é o último antes da viagem das contrapartes para o Japão, em agosto, que vai finalizar a elaboração do manual do projeto. O governo do Japão está investindo US$ 11 milhões no projeto.
A Sala de Operação do Projeto Gides começou a funcionar em março desse ano na Secretaria de Defesa Civil. O sistema analisa as informações de comportamento e saturação do solo, com base em cálculos matemáticos. O trabalho é realizado dentro do eixo de alertas antecipados.
“A metodologia japonesa utiliza cálculos no monitoramento. A Defesa Civil, durante todo o acordo de cooperação, fez o apanhado do comportamento do solo em várias partes da cidade no período de chuvas. Desde a inauguração da sala, acompanhamos as chuvas também com base nos riscos identificados em cada parte de Petrópolis”, explica o diretor do Departamento Técnico e Operacional da Defesa Civil, Ricardo Branco.
A equipe de geólogos da Defesa Civil apresentou o mapeamento das áreas de risco do bairro Independência no mês passado. Esse trabalho foi realizado dentro do setor de mapeamento de risco. Já no Vale do Caititu, está sendo colocado em prática o eixo de planejamento urbano e obras de reabilitação e prevenção, que permite o crescimento do bairro de forma organizada, sem ocupações nas encostas.
“São situações distintas. O Independência é enorme, com muitas construções irregulares e com pontos em que existe o risco de deslizamentos de terra. O estudo está finalizado e foi entregue dentro do prazo. No Vale do Caititu, queremos evitar esses problemas nas encostas. Com esse novo método, é possível garantir com segurança a expansão daquela área”, explica o geólogo da Defesa Civil, Yuri Garin.
O Projeto GIDES é executado pelo Ministério das Cidades, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - CEMADEN, pelo Ministério da Integração - CENAD e pelo Serviço Geológico Brasileiro – CPRM, contando com a cooperação de especialistas japoneses do Ministério da Terra, Transporte, Infraestrutura e Turismo – MLIT, da Agência de Meteorologia do Japão e de outros órgãos de expertise na área, através da Agência de Cooperação Internacional do Japão – JICA.