Evento ocorreu no Clube de Engenharia, no Rio de Janeiro
A importância do setor tecnológico na melhoria da qualidade de vida em diferentes setores do Estado. Esse foi o objetivo do seminário “Cidades Inteligentes”, promovido pela Assespro-RJ, Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, nessa terça-feira (29.08) no Clube da Engenharia, no Rio de Janeiro. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico representou o poder público municipal no evento, assinalando a importância que o setor tecnológico tem para a cidade, hoje com 228 empresas e faturamento de R$ 750 milhões, 2 mil empregos diretos gerados e expectativa de crescimento.
“Tivemos a oportunidade de explicar o cenário em que encontramos a cidade no que diz respeito à gestão pública, problemas com conectividade, inexistência de sistema de gestão e equipamentos apropriados. Também mostrei nossos planos e o que estamos construindo com relação à melhora da conectividade, que é o alicerce de tudo. Em uma segunda etapa vamos fazer a compra dos equipamentos necessários e inovar. A ideia é manter tudo conectado, sensores de trânsito, rios, tudo para chegar ao conceito de cidade inteligente. Queremos construir uma cidade muito melhor do que encontramos”, explica Marcelo Fiorini, secretário de Desenvolvimento Econômico.
Ainda segundo Fiorini, o encontro foi uma boa oportunidade para conhecer as experiências de cidades vizinhas. “Compartilhamos experiências e conhecemos a realidade e os projetos de outros municípios como Piraí e Niterói. Também nos aproximamos de entidades e universidades que ajudam a desenvolver projetos inteligentes para os municípios. Foi uma experiência gratificante e todo o conhecimento adquirido será importante para os projetos do Departamento de Políticas Públicas de Ciência e Tecnologia”, destaca.
Essa foi a IV edição do Seminário Cidades que focou na discussão sobre como a internet das coisas (IoT) vai revolucionar a qualidade de vida nas cidades. O encontro também contou com a participação de Augusto Gadelha, do LNCC, representantes do BNDES e do Parque Tecnológico da UFRJ.
“A participação foi muito importante porque nos norteou para a montagem dos nossos projetos. Conhecemos as facilidades e dificuldades enfrentadas no setor. Outro ponto discutido foi a conectividade, tema importante quando se trata de qualquer projeto para cidades inteligentes. No passado, muito pouco foi feito na direção de transformar Petrópolis em uma cidade inteligente. Na atual gestão, estamos acelerando a construção de projetos estruturantes como a criação de infovias robustas e com alta capilaridade pelo território, pois acreditamos que assim pavimentamos o caminho para aplicação de tecnologias, como sensoriamento em encostas, leitos de rios, semáforos, vagas e outros”, explica Darlan Mendes, diretor do Departamento de Políticas Públicas de Ciência e Tecnologia.
O evento contou com cinco painéis: políticas governamentais, o que as cidades precisam, transmissão e big data, tecnologias inovadores e soluções para as cidades. Alguns exemplos foram citados no seminário, sobre o uso da internet das coisas na melhoria da qualidade de vida. Em Barcelona, por exemplo, pontos de ônibus inteligentes exibem os horários de chegada de forma precisa e possibilitam que os passageiros recebam atualizações adicionais em tempo real através de painéis touchscreen.