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Segunda, 11 Setembro 2017 19:10

Hospital Alcides Carneiro projeta ampliação na assistência às grávidas de alto risco

Dos 250 partos realizados na unidade, 20% são considerados de alto risco
Prefeitura pretende concluir obra no centro obstétrico e abrir uma casa de parto

Com uma média de 250 partos por mês e de 50 acolhimentos a gestantes por dia, o Hospital Alcides Carneiro é a única maternidade do município a realizar partos em gestantes de alto risco. As mulheres com hipertensão, diabetes, cardiopatia, doenças renais, doenças autoimunes, fumantes, além das adolescentes e mulheres com mais de 35 anos representam 20% dos atendimentos que precisam de atenção especial desde o pré-natal. Em grande parte dos casos, os nenéns nascem prematuros tendo que ser direcionados a um dos 10 leitos de UTI neonatal. 

Visando ampliar a assistência e implementar em sua totalidade a Rede Cegonha, a prefeitura está projetando retomar até o fim do ano as obras do centro obstétrico do hospital. O secretário de Saúde, Silmar Fortes, explica que dentro do Plano Municipal de Saúde está ainda a criação de uma casa de parto, um ambiente pré e pós-parto para as grávidas e puérperas, e a retomada de um banco de leite no hospital. 

Mães recebem orientações de como conduzir a gravidez e após o nascimento 

A gravidez é chamada de alto risco quando a gestante ou o bebê apresenta alguma doença que aumenta as chances de evolução desfavorável na gravidez. Algumas mulheres sabem de seu alto risco mesmo antes de engravidar, são mulheres com doenças crônicas como - hipertensão, diabetes, cardiopatia, doenças renais, doenças autoimunes, fumantes, alcoólatras, usuárias de drogas, entre outras. 

O chefe da Ginecologia do Hospital Alcides Carneiro, Vander Guimarães Silva, alerta que algumas gestantes desenvolvem alguns sintomas de agravo durante a gravidez, devendo as gestantes estar em dia com todas as consultas do pré-natal. 

“Alguns agravos de saúde podem se instalar durante a gestação de uma mulher previamente saudável, sendo descobertos durante o pré-natal. É por isso que mesmo gestantes de baixo risco devem fazer rigoroso acompanhamento médico durante toda a gravidez. Os riscos ou complicações possíveis da evolução desfavorável da gravidez são muito variados: baixo ou alto peso ao nascer, parto prematuro, falência placentária, infecção neonatal, entre outros. Mas, com o acompanhamento adequado no pré-natal minimizamos os riscos para culminar em um nascimento saudável”, explica o médico. 

Com menos de um mês do nascimento da filha, Ana Carolina de Aquino de 15 anos foi ao lado da mãe Daniela de Aquino visitar a pena Sofia Vitória. A neném nasceu no último dia 18 de agosto aos 6 meses de gestação com 38 cm e 1.240 kg.

“Foi um susto. Ela foi fazer um exame de rotina e descobriu que estava grávida, menos de um mês depois a neném nasceu. Mas eu só tenho que agradecer todo o cuidado e carinho que o hospital está tendo com a minha neta. Ela está evoluindo muito rápido e espero que nos próximos dias ela possa ir para o quarto e ter alta”, afirma a avó da recém-nascida, Daniela de Aquino. 

Durante as visitas na UTI neonatal, Ana Carolina Aquino aprendeu a utilizar o método canguru que é um modelo de assistência perinatal voltado para a melhoria da qualidade do cuidado além de promover uma atenção humanizada. 

“Nós recebemos 21 faixas de doação e esse método reduz o tempo de separação entre mãe e recém-nascido, favorece o vínculo, permite o controle térmico, contribui para a redução do risco de infecção hospitalar, aumenta as taxas de aleitamento materno, entre outros benefícios”, explica a enfermeira da UTI neonatal Talita Nunes dos Santos Ornellas.