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Quinta, 23 Novembro 2017 20:28

Prefeitura apresenta em seminário melhora nos índices de criminalidade em Petrópolis

 

De acordo com ISP, houve redução do número de crimes violentos, de trânsito, contra patrimônio, entre outros nos quatro primeiros meses do ano

De janeiro a abril deste ano, Petrópolis reduziu todos os índices de criminalidade na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP), nos quatro primeiros meses de 2017, a cidade teve uma queda de 21,6% de crimes violentos, diminuiu 17,6% os crimes de trânsito, caiu em 25,9% os crimes contra patrimônio e foram feitos 10,2% menos de outros registros. Os dados positivos foram apresentados pela prefeitura durante o seminário "Compromisso pela Segurança", promovido pela Secretaria de Estado de Segurança nesta quinta-feira (24.11), na FMP/Fase. O encontro contou com a presença do secretário de estado de Segurança, Roberto Sá.

Os dados são os mais recentes disponibilizados pelo ISP e demonstram em números o resultado que a cidade tem conseguido observar na prática. As forças de segurança – Guarda Civil, Polícia Militar e Polícia Civil – estão trabalhando mais próximas, o que permite enfrentar e coibir a criminalidade com maior intensidade. A prefeitura segue empenhada no trabalho que os índices continuem melhorando.

O município já está caminhando para montar uma central de monitoramento que vai auxiliar para dar ainda mais segurança em Petrópolis. Hoje, a cidade tem um compromisso com a segurança muito forte e quer deixar claro que está aberta a qualquer projeto da Secretaria de Estado de Segurança. A prefeitura faz questão de ser parceiro e quer ser referência não só para a região, mas em todo estado na segurança pública.

A integração entre Guarda Civil e as polícias tem trazido resultados importantes em Petrópolis. Na semana passada, por exemplo, a operação “Saturno”, que envolveu ainda a Polícia Rodoviária Federal, prendeu 20 pessoas com mandado por tráfico ou associação para o tráfico, além da apreensão de drogas encontradas durante as diligências.

Roberto Sá destacou que essa proximidade entre as forças de segurança é algo comum principalmente no interior do estado e que contribui de maneira decisiva para ampliar o combate ao crime. 

“Polícia Militar e Polícia Civil andam lado a lado, mas com uma certa distância, principalmente na capital. E é sempre muito bom ouvir que, no interior, essa relação é muito mais próxima, é muito diferente. A sociedade espera mais de nós e nós temos uma potencialidade não explorada. É justamente a potencialidade do trabalho articulado, da troca de informações, da convivência, do espírito de cooperação entre polícias que tem a missão, no final de tudo, de prover segurança pública”, disse o secretário de Estado de Segurança.

 Índice de criminalidade diminuiu em todas as modalidades

Na comparação entre os quatro primeiros meses de 2017 com o ano passado, todas as modalidades de crimes levantadas pelo ISP apresentaram redução de ocorrências em Petrópolis.

Ano passado, foram 546 ocorrências de crimes violentos (homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, latrocínio, tentativa de homicídio, lesão corporal dolosa, estupro). Em 2016, foram registrados 428 casos.

Os crimes de trânsito (homicídio culposo, lesão corporal culposa) caíram de 125 para 103.  A quantidade de crimes contra patrimônio (roubos, furtos, extorsão, estelionato) passou de 336 para 249.  Já registro de casos como ameaças e desaparecimentos foi de 438 para 393.

“O que tem acontecido é uma integração muito bacana entre a PM, a Polícia Civil, a Guarda, Ministério Público, o Judiciário e a própria sociedade que permite que os números caiam. É uma alegria que todos estejam aqui reunidos para este debate porque, com essas pessoas, Petrópolis pode ajudar muito na segurança para continuar com os números nestes patamares aceitáveis”, analisou o delegado do 7º Departamento de Polícia Administrativa (DPA), Alexandre Ziehe.

Para isso, a Guarda Civil recuperou 16 veículos, ativou o ônibus de videomonitoramento, implantou base fixa na Praça da Liberdade, reativou guarda turísticas, novas instalações em Itaipava, inaugurou canil, ampliou a presença de agentes na rua em rondas de patrulhamento, o que permitiu atender 256 ocorrências, realizar 278 ordens de serviço para apoio em eventos na cidade e ultrapassar a marca de 1 mil visitas da Ronda Escolar em 116 colégios até outubro.

Polícia Militar também ampliou em 8% efetivo na rua entre abril e agosto: saltou de 377 para 408 graças ao remanejamento de homens que realizavam trabalhos internos ou que voltaram de licenças médicas e foram reativados os DPOs (Destacamentos de Policiamento Ostensivos) de Cascatinha, Corrêas e Itaipava e inaugurado posto na 16 de Março.

“Dentro do estado, somos uma região privilegiada, não só pela população e socialização que temos por aqui, que é diferente da que acontece na capital, mas pelo empenho da tropa. A maioria dos agentes mora na região e isso traz uma motivação ainda maior para trabalhar para melhorar a própria cidade”, explicou o comandante do 7ºComando de Policiamento de Área (CPA), Carlos Espanha.

Atendimento ao público vulnerável

Um dos objetivos do seminário foi capacitar os agentes da Guarda e das polícias Militar e Civil sobre as formas de enfrentamento a violência contra grupos vulneráveis, ou seja, criança, mulher, idoso, vítimas de preconceito racial e religioso e o público LGBT.A Secretaria de Estado de Segurança está implantando o programa “Um novo tempo para segurança”, que busca entender qual é a forma de abordagem desses grupos.

“Mesmo com experiência, eu ainda tenho dúvidas sobre como atender alguém de uma população vulnerável. Teria dificuldade em tomar uma decisão que não vitimize novamente essa pessoa, que não causa constrangimento, transtorno ou um preconceito, mesmo sem o desejo de causar esse preconceito, mas que acontece por desconhecimento. Hoje, o mundo não tem fronteiras e nós da segurança pública temos que nos adequar a esse mundo”, explicou o secretário de Estado de Segurança, Roberto Sá.

Para isso, foram criados diferentes grupos de trabalho para estudar a abordagem a esses públicos e, a partir deles, estão sendo feitas a capacitação das forças de segurança.

“É papel da universidade receber essas discussões. O atendimento correto da população vulnerável é uma obrigação das forças segurança e acolher este debate aqui é um prazer. Sabemos o desgaste que os policiais têm junto a população, mas gostei de ver a interação com alunos. A vinda de todos aqui hoje vai ter um reflexo grande. É preciso aproximá-los das instituições ainda mais, porque são uma garantia de proteção a nossa cidade”, destacou a supervisora geral da FMP/Fase, Maria Isabel de Sá Earp.