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Quinta, 11 Abril 2019 19:17

CRAM alerta sobre a necessidade de vítima de violência pedir ajuda

Os casos de feminicídios e violência contra mulher, estão cada vez mais aparecendo nas estatísticas de todo o país. Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP), em 2019, uma mulher é vítima de feminicídio a cada sete dias no estado do Rio de Janeiro e mais de 60% dos crimes acontecem nas residências das mulheres pelos atuais companheiros. Por vezes, estas mulheres por medo, vergonha não buscam por ajuda. Esta semana, Petrópolis registrou o primeiro caso de feminicídio do ano. A moradora de 43 anos, da Comunidade do Neylor, no Retiro, foi brutalmente assassinada e o principal suspeito é seu companheiro.

O munícipio possui uma ampla rede de assistência à essas mulheres vítimas da violência doméstica. O Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM), que presta assistência jurídica, social e psicológica à vítima, para onde são encaminhadas após a denúncia na delegacia. Nos três primeiros meses do ano, o CRAM já realizou 163 atendimentos. A assistência apresentou um pequeno aumento em relação ao mesmo período no ano passado, que registrou 160 consultas. Porém, o número de mulheres que não procuram por ajuda ainda é muito grande.

A coordenadora do CRAM, Cléo de Marco, destaca que o município conta com dois canais voltados à mulher: o próprio Cram, subordinado ao Gabinete da Cidadania, e o Núcleo de Atendimento à Mulher (Nuam), ligados às delegacias da cidade. “Nosso trabalho é mostrar à mulher que ela não está sozinha, que sua voz está sendo ouvida. Ela precisa buscar ajuda. Temos equipamentos para receber esta vítima e prestar toda assistência. Como é um assunto muito complicado, buscamos, junto à justiça e aos órgãos responsáveis, medidas protetivas que garantam a segurança da mulher após a denúncia, o que é de extrema importância”, destaca.

Ampliando a rede de atendimento, essa vítima pode contar também com a Sala Violeta que fica no Fórum de Itaipava, onde ela consegue uma medida protetiva de urgência em apenas 4 horas. Além da Sala Lilás, que está sendo implantada no Instituto Médico Legal (IML), com objetivo de preservar a vítima com espaço reservado e com profissionais especializados, para que as análises periciais sejam realizadas de forma adequada.

Para denunciar ou solicitar informações, pode ligar para o telefone 2243-6152 ou comparecer à sede do Cram, na Rua Santos Dumont, número 100, no Centro. O funcionamento é de segunda a sexta, de 8h às 17h. Em casos de emergência, a mulher pode ligar em qualquer horário para o número (24) 98839-7387, disponibilizado pelo órgão. Caso se sinta violentada de alguma forma, a mulher pode contatar a Polícia Militar pelos números 2291-5071, 2242-8005 ou 180, além de poder contatar via WhatsApp a emergência da Polícia Militar, pelo número (24) 99222-1489, além da Guarda Civil pelo 153.