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Quarta, 15 Fevereiro 2012 15:41

Pós-Graduação em atendimento especializado beneficia 12 professores da rede municipal

Qualificar e capacitar profissionais da área do Curso de Especialização em Atendimento Educacional Especializado (AEE). Com esse objetivo, a Prefeitura de Petrópolis, através da Secretaria de Educação, selecionou 12 professores que atuam em salas de recursos para participar do curso semi- presencial de Pós-Graduação em Atendimento Especializado, oferecido pela Universidade Estadual do Paraná. O aperfeiçoamento profissional terminou nesta terça-feira (15), com a apresentação dos trabalhos finais e entrega dos certificados.

Durante um ano e meio, os professores puderam acessar os módulos programáticos no site da universidade (www.ead.uem.br), criaram fóruns de discussão e trocaram experiências com profissionais de todo o país. “Comemoramos mais uma conquista para a educação da nossa cidade, uma prioridade do nosso governo. Buscamos orientar e oferecer o melhor suporte para os professores para que os efeitos positivos sejam repassados para todos os alunos da rede municipal”, disse o Prefeito Paulo Mustrangi.

Todas as questões programáticas dos 10 módulos foram voltadas para a parte teórica do atendimento às crianças especiais, público alvo da Resolução número quatro do MEC que contempla os estudantes do AEE: deficientes visuais, físicos, intelectuais, auditivos, os que possuem transtornos globais de desenvolvimento (autistas) e altas habilidades, como a superdotação. “Estamos facilitando o acesso dos professores a experiências de sucesso educacional que são realizadas em outros estados. É muito importante que cada educador faça cursos de reciclagem e se especialize para o bem de todos os estudantes da rede. Tenho certeza que, neste ano, vamos colocar em prática muitas das lições que foram aprendidas por esses profissionais”, afirmou a Secretária de Educação, Cláudia Quintanilha.

Para Rosemere Mussel, da Divisão de Programas Educacionais Especiais, da Secretaria de Educação, fazer a pós-graduação é muito gratificante. “Neste um ano e meio, trocamos muitas informações voltadas para a prática de recursos para os estudantes. Valeu à pena cada esforço. Ficamos muito felizes em mostrar para outros professores de todo o Brasil que Petrópolis é um referência no atendimento aos alunos especiais. O trabalho desenvolvido na cidade busca a inserção social dessas crianças que merecem nossa atenção e respeito”, apontou Rosemere.

Durante a pós-graduação, os professores tiveram acesso a dez módulos de ensino e, em todas as semanas, eles acessavam o site da universidade onde conseguiam discutir as idéias apresentadas, formular fóruns de discussão coletivos e entrar em contato com os instrutores. Os mestres também fizeram duas provas presenciais, em Petrópolis, com a assistência dos professores da Universidade de Maringá. Por último, cada professor apresentou um trabalho de conclusão de curso. “Apresentei meu trabalho final na terça-feira (14) e fiquei muito feliz com o resultado. Abordei a sala de recursos como forma de atendimento especializado, com o objetivo de promover a inclusão de estudantes especiais. Em Petrópolis, temos, desde o ano passado, 440 alunos especiais incluídos em salas de aula comum. No contraturno, eles participam da sala de recurso, onde podemos complementar as deficiências e suplementar as altas habilidades. Em 2011, um aluno conquistou um prêmio estadual de pintura depois que a arte foi desenvolvida no contraturno. Nosso objetivo é esse: trabalhar as habilidades dentro do ambiente escolar, potencializando o melhor de cada criança através do estímulo educacional”, contou Mere.

Cláudia Loureiro, psicopedagoga que atua a educação especial há seis anos também concluiu a pós-graduação. “Tenho certeza de que, hoje, nosso trabalho recebe um olhar diferenciado. Apesar de lidarmos na rotina diária com a educação especial, com o curso tivemos oportunidade de trocar experiências positivas que serão passadas nas salas de aula. No meu trabalho final, mostrei como os alunos com Sindrome de Down se apropriam de todas as informações que são repassadas nas escolas”, explicou.

Agora, o conhecimento será dividido com os outros professores. “Vamos multiplicar tudo que aprendemos com as professoras das salas de recurso. Juntos, somos multiplicadores de informação e, ficamos muito felizes quando soubemos que os trabalhos finais ficarão expostos na biblioteca da Universidade Estadual de Maringá e servirão de pesquisa para os estudantes do Paraná. É o nosso conhecimento sendo repassado e se tornando referência”, concluiu Cláudia.