Motofrete também foi assunto da reunião
Conferência Pública realizada na noite desta quinta-feira (25.10), durante a Semana de Engenharia da UCP, reuniu a população para discutir alternativas para minimizar os impactos causados pelo transporte de cargas no município. O encontro também debateu a atuação dos motofrentistas na cidade. Na reunião, foram discutidas propostas que serão levadas para debate em audiência pública – de onde sairão as sugestões para a inclusão no Plano de Mobilidade Urbana.
A criação de um marco regulatório para definir horários específicos para o serviço de carga e descarga foi uma das propostas apresentadas na reunião. A intenção é que haja uma regra definitiva para garantir que a parada desses veículos para fazer o abastecimento nos comércios da cidade não afete o trânsito. O último estudo feito no município sobre o assunto é de 1992. O objetivo é também atualizar esses dados, para que haja uma melhor ordenação do serviço na cidade.
O diretor técnico e operacional da CPTrans, Luciano Moreira, destacou a importância da regularidade no serviço. “Um veículo de grande por como os de carga acabam impactando o trânsito não só na hora da parada, mas também nas passagens pelas vias. É importante, portanto, que esse tema seja levado em conta no Plano de Mobilidade para que possamos criar métodos para sanar o serviço”, explica.
Gustavo Guitz, gerente de logística do Armazém do Grão, palestrou na consulta sobre as medidas adotadas pela empresa para diminuir os transtornos causados no trânsito devido a distribuição das mercadorias. Um dos problemas apontados por ele diz respeito aos veículos que ficavam parados no João Xavier, local onde fica o Centro de Distribuição da empresa. Para solucionar, a empresa alugou um terreno, tirando os veículos da rua.
“Era um problema que a CPTrans apontava e que vimos que impactava o trânsito, então adotamos essa medida. Também fizemos uma alteração nos horários de entrega, para que estejam nas lojas mais cedo, fazendo com que os veículos não trafeguem em horários de rush nas ruas do município”, declarou o gerente de logística destacando, ainda, que somente uma das lojas da empresa faz a descarga de produtos na rua e que as outras seis já possuem local próprio dentro da área do supermercado.
De acordo com o Detran o número de veículos aptos a transportar carga no município é de 24.872, que represente 14,9% da frota total na cidade. Dados da Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) relativos a 2017, dão conta que houve 58 acidentes com 45 vítimas, sendo duas delas fatais. Já no caso do motofrentistas, a estimativo é que existam 100 profissionais atuando nesta área. No município, porém, 16,9% dos veículos são motocicletas, um total de 28.276, sendo o Detran.
Além de Luciano Moreira e Gustavo Guitz, o motofretista Samuel de Assis, representou a categoria também compôs a mesa, ao lado do representante da secretaria de Desenvolvimento Econômico, Eduardo Barbosa.