O Conselho Municipal de Saúde (Comsaúde) realizou a última reunião do ano nesta terça-feira (18.12), na Casa dos Conselhos, onde foi definido o calendário para 2019 e apresentados resultados de projetos implantados pela Secretaria de Saúde. Durante a reunião também foi aprovada a aquisição de aparelho intensificador de imagem, a ser instalado no Hospital Alcides Carneiro para a realização de cirurgias vasculares.
A implantação da Ouvidoria da Secretaria de Saúde foi um dos projetos apresentados. O sistema que completou um mês de funcionamento, foi criado dentro dos parâmetros estabelecidos pela Secretaria de Estado e Saúde e Ministério da Saúde. O intuito foi criar mais um canal de comunicação com os usuários da rede pública de Saúde. Nos primeiros dias de atendimento, a Ouvidoria já teve 39 registros, feitos em sua maioria por telefone. O serviço também recebe dados por e-mail e quem quiser, pode ir pessoalmente no Centro Administrativo da Prefeitura, 2846.
Durante a reunião foram dadas explicações sobre o funcionamento do sistema, que estabelece prazos para as soluções dos casos de acordo com a gravidade. As situações classificadas como urgentes, têm um prazo de até 15 dias para serem solucionadas. “Esse é um prazo máximo, sabemos que temos casos em que a solução precisa ser imediata e nós vamos fazer a intermediação para que a questões sejam resolvidas o mais rápido possível”, explicou a responsável pela implantação do projeto, Cecília Fiorese, reforçando que a padronização no processo trouxe agilidade na solução dos conflitos
Também são estabelecidos os prazos de até 30 dias para a solução de casos de prioridade alta, 60 e 90 dias para as situações de média e baixa complexidade. A ouvidoria registra denúncias, reclamações, solicitações, sugestões, elogios e também é um canal para o fornecimento de informações sobre a rede de saúde do município.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também apresentou projeto de implantação de cultivo de plantas medicinais, que capacitou produtores locais para o desenvolvimento. O projeto teve o acompanhamento técnico dos profissionais do Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF). A partir da aprovação do projeto, o município poderá dar continuidade à iniciativa. Atualmente as ervas medicinais já são distribuídas em algumas unidades da rede de atenção básica.
A iniciativa conta com o suporte Horto Escola do Palácio de Itaboraí e também levou a produção para comunidades. Uma das regiões que já abraçou a ideia é o Caxambu, onde a produção local já abastece o Posto de Saúde da Família do local.
Os pacientes atendidos na região já são orientados pelos médicos da unidade a incluírem as plantas medicinais nos tratamentos indicados. O boldo e o capim limão fazem parte do receituário. “Estamos tendo um retorno muito positivo da população, que antes do projeto, já tinha o hábito de usar algumas plantas no dia a dia. Aqui, damos as orientações de uso adequado”, destaca o médico da unidade de saúde, Cândido da Fonseca Neto.
Conselho pede informações sobre novos projetos da área de saúde
Durante a reunião a direção do Conselho solicitou mais informações sobre o projeto de detecção de câncer de mama com o auxílio de cães, que já participam do projeto de cinoterapia do Centro de Terapia Oncológica (CTO). O novo projeto já é estudado na França e permite a detecção de forma precoce, aproveitando a capacidade olfativa dos cachorros para identificar células cancerosas pelo odor. A vinda do projeto para o Brasil é fruto de uma parceria entre o Institut Curie e a Sociedade Franco-Brasileira de Oncologia (SFBO).
O Conselho solicitou mais dados sobre a implantação, da mesma forma, reivindicou informações licitação para aquisição de ambulâncias no município. A entidade quer esclarecimentos sobre quais tipos de ambulâncias seriam contratadas.