A iniciativa visa estender o suporte aos deficientes auditivos que já contam com o trabalho do CRAS Centro, onde é oferecido o auxílio para o acesso aos serviços da rede pública. No local, a população surda recebe ajuda para emissão de documentos pessoais; cadastramento aos programas sociais; consulta de benefícios; interpretação para assuntos jurídicos; auxílio para tratamentos médicos; entre outros. O local funciona como uma central de apoio para os deficientes auditivos.
Com duração de quatro meses, foram montadas duas turmas, com aulas semanais. “Está sendo muito importante. Temos que estar preparados para atender todo tipo de público. Esse curso vai ajudar bastante a nos comunicarmos melhor. Sempre tive vontade de aprender e agora estou tendo essa oportunidade”, conta Vitor Hugo de Oliveira, funcionário do CRAS Retiro.
Suelen Barbosa Lima, funcionária da Saúde, na Vigilância Sanitária, ainda não precisou usar a linguagem de sinais nos seus atendimentos, mas se sente mais segura agora. “Foi aberta essa oportunidade, então estamos aproveitando para nos prepararmos. Acredito que esse curso pode dar uma base, não vamos sair especialistas, mas vamos conseguir atender melhor as pessoas com essa necessidade”, destaca.
Oferecer uma base para o atendimento primário é o que o curso pretende. De acordo com a intérprete de libras do CRAS Centro, Gisele Gimenez Destro Carneiro, a iniciativa vai garantir que a população com deficiência auditiva consiga ter melhor atendimento nos setores públicos. “Esse curso foi criado para preparar os profissionais para o atendimento ao público. Para que ofereçam maior suporte ao surdo”, frisa.
O curso de libras vai expandir a assistência para todas as unidades. A ideia é que ao menos um profissional em cada setor seja preparado para atender o surdo. A capacitação vai atender a meta do planejamento estratégico da Secretaria de Saúde. A estimativa é contar ao menos com um profissional em cada um dos 92 equipamentos de atendimentos da Saúde.