Termo de cooperação técnica vai ampliar o trabalho que já é realizado no município
Com o objetivo de fortalecer o trabalho de mediação escolar que já existe na rede municipal de ensino de Petrópolis, o prefeito Rubens Bomtempo assinou, nesta quarta-feira (17), um termo de cooperação técnica com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para ampliar o trabalho de mediação escolar no município.
O projeto tem como objetivo tornar o ambiente escolar mais acolhedor para os alunos e promover a capacitação dos profissionais pedagógicos com métodos que promovam a cultura da paz e a solução de conflitos.
O evento foi realizado nesta quarta-feira (17), na sede do TJ, e contou com a presença da secretária-chefe de Gabinete e presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Luciane Bomtempo; do secretário de Governo, Marcus São Thiago; dos desembargadores César Cury, Andréa Pachá e Alexandre Teixeira; além do juiz José Cláudio Fernandes, diretor do Fórum da Comarca de Petrópolis.
Também participaram do evento a professora Sandra Luzia Ferreira Reis Rocha, representando a secretária de Educação de Petrópolis; a coordenadora do Programa Petrópolis da Paz, Elsie-Elen Carvalho; e o professor da Universidade Católica de Petrópolis, Leandro Rodrigues.
"Muito trabalho vai ser produzido com a assinatura desse convênio. Vamos fortalecer cada vez mais as políticas de mediação de conflitos e promover uma nova cultura da paz dentro das escolas. Ter o judiciário e o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) mais próximos é muito importante. Vamos trabalhar juntos para atingir a equidade no ensino e os objetivos que estamos nos propondo com essa parceria. Tenho certeza que esse projeto irá se expandir e se tornar referência nacional", disse o prefeito Rubens Bomtempo.
O presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, abriu a cerimônia e ressaltou que os intensos problemas sociais causados pela desigualdade exigem mais união entre os poderes para encontrar soluções.
"Nem tudo se resolve com judicialização. É necessário abrir outras portas, como a da mediação e a da conciliação, para aprimorar o Judiciário. Nós precisamos propor e estimular uma nova mentalidade, uma formação nova para nossos adolescentes, baseada no consenso. O programa vai ao encontro da missão do TJRJ de formar uma sociedade fraterna, com apreço pela educação e pelo amparo às crianças e adolescentes", defendeu.
A mesma visão foi compartilhada pelo desembargador César Cury, presidente do Nupemec do TJ do Rio. O magistrado agradeceu ao presidente e ao prefeito pela confiança e pela parceria e destacou os projetos pioneiros do Judiciário fluminense, como a criação da primeira Escola de Mediação do Brasil.
"É preciso criar uma nova perspectiva do Direito, um Direito plural, harmônico e construtivo, que esteja voltado para o cidadão. O papel de um Tribunal contemporâneo é criar novas formas de atender à população e, com esse projeto, nossa proposta é possibilitar que as crianças cresçam com informações e aprendizados que as antigas gerações não tiveram de forma ampla e estrutural", disse o desembargador.