O geólogo Yuri Garin, da Secretaria de Proteção e Defesa Civil, ministrou nesta quinta-feira (31) uma palestra aos servidores da pasta sobre o curso de um mês que fez no Japão. A viagem, em maio, custeada pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), fez parte da parceria firmada no ano passado entre o órgão e o governo brasileiro para a prevenção de desastres naturais em Petrópolis, Nova Friburgo e Blumenau (SC). Yuri falou sobre a viagem e mostrou o que a Defesa Civil pode aprender com o Japão, alémd e dar detalhes sobre o convênio.

A palestra também foi uma capacitação dos servidores que estarão no estande da Defesa Civil no Bunka-Sai, festa da cultura japonesa que será realizada entre os dias 8 e 10 de agosto no Palácio de Cristal. Além do estande, a Defesa Civil participará da festa com a palestra “Técnicas japonesas na Defesa Civil”, ministrada pelo geólogo no dia 9 (sábado), às 10h e às 13h, e no dia 10 (domingo), às 11h30.

Segundo o geólogo, na viagem foi possível ver e entender o incentivo do governo japonês ao envolvimento das comunidades nas questões de defesa civil. Ele também falou que a troca de experiências entre os dois países poderá garantir, em Petrópolis, contribuições para as leis de uso e ocupação do solo, de planejamento urbano e de Defesa Civil, além dos planos municipais.

O secretário de Proteção e Defesa Civil, Rafael Simão, também conversou com os servidores da pasta sobre a parceria. “A Defesa Civil nunca caminhou tanto quanto está caminhando agora. Mas, com essa parceria, temos que ter a humildade para admitir que ainda temos muito o que avançar. Precisamos treinar cada vez mais a comunidade, fazer uma legislação melhor, incentivar uma construção ordenada”, disse Simão.

A parceria entre a Jica e o governo brasileiro terá duração de quatro anos. Nesse período, assim como já vem sendo feito, técnicos de Brasil e Japão visitarão o país parceiro para trocar experiências de Defesa Civil. Ao fim do convênio, serão produzidos manuais sobre mapeamento
de risco, sistema de alerta e alarme e planejamento urbano.

“Esses três municípios foram escolhidos não só porque possuem um histórico de problemas com chuvas, mas também porque já têm uma estrutura de Defesa Civil. Para a Jica, essa parceria seria inviável se tivesse que começar o trabalho do zero”, disse Yuri.