Após três anos e meio sem uso, prefeitura consegue peça que vai permitir que o equipamento seja utilizado

Carro com câmeras e sistema de reconhecimento facial ficará na Praça da Águia, perto da Fundação da Cultura

O governo Bernardo Rossi vai garantir mais segurança aos petropolitanos. O ônibus do programa “Crack, é possível vencer” finalmente entrou em operação nesta quinta-feira (12.01), após ficar três anos e meio estacionado no pátio da Defesa Civil. O equipamento, que custou R$ 2 milhões, investimento do governo federal, chegou ao município em maio de 2013 e estava parado porque a antiga gestão nunca providenciou um software de gravação de apenas R$ 1.400,00. Com menos de duas semanas à frente da administração, o prefeito conseguiu a doação da peça, e agora o equipamento vai ajudar a coibir, principalmente, o uso de drogas no entorno da Fundação de Cultura.

O ônibus ficará na Praça Visconde de Mauá, a Praça da Águia, 24 horas por dia, sete dias por semana. O local há anos é alvo de reclamação de moradores, freqüentadores do Centro de Cultura e turistas por ter se tornando espaço para uso de drogas. A meta é inibir estes delitos, furtos e ainda depredação do patrimônio como as pichações.

O ônibus é equipado com oito câmeras: três internas, duas em cada lateral e mais uma que fica no teto do carro e pode ser içada a 11 metros de altura. Essa câmera pode captar imagens a 300 metros de distância. Ele vai inibir a prática de delitos leves, como tráfico de drogas, furtos e assaltos.

“A simples presença do ônibus já inibir esses pequenos delitos. A câmera faz o monitoramento e identificação. Se alguém que cometeu crime for flagrado pelas câmeras, isso será informado aos órgãos competentes”, explica Djalma Januzzi, futuro secretário de Serviços, Segurança e Ordem Pública, pasta que será instalada com a reforma administrativa. 

O uso desse ônibus já será visto neste fim de semana, durante a primeira edição da feira de cervejas artesanais “Deguste”. O presidente da Fundação de Cultura, Leonardo Randolfo, ressaltou o aumento de segurança no local com o novo equipamento.

“Vamos agir com inteligência para resolver esses problemas. É importante nesse momento essa parceria com o secretário Djalma porque percebemos que a falta de gestão do governo passado trouxe oportunidade para traficantes e outros criminosos. A consequência é que aqui deixou de ser uma questão cultural e passou a ser de segurança, de assistência social, de educação”, comenta Randolfo.

Até então, o equipamento apenas filmava, sem gravar. Isso porque o software necessário para registrar as imagens nunca foi comprado pela gestão anterior. Por isso, ele só foi utilizado uma vez, em julho do ano passado, na passagem da tocha olímpica por Petrópolis. Essa peça só chegou agora, por articulação do novo coordenador de Segurança da Secretaria de Serviços, Segurança e Ordem Pública, Maurício Borges.

“Nós conseguimos um doador para o software e agora vamos poder colocar o ônibus em operação. Quatro guardas vão trabalhar fazendo o monitoramento da região”, explicou Borges.