Moradores em situação de rua realizaram teste rápido e participaram de palestra.

O Centro de Referência Especializada para População em Situação de Rua (Centro Pop) realizou nesta quinta-feira (23.02) uma ação em parceria com a equipe do Consultório de Rua e do Programa Municipal de DST/AIDS, com o objetivo de conscientizar e prevenir as doenças sexualmente transmissíveis, além de proporcionar a avaliação da saúde da população assistida no local. Cerca de 60 pessoas acompanharam a palestra e foram realizados 20 atendimentos de enfermagem com testes rápidos de HIV, sífilis e hepatite B e C.

A secretária de Assistência Social, Denise Quintela, explicou que está sendo articulado um calendário de ações que estimulem a ressocialização e também proporcionem mais cidadania aos moradores.

“Estamos nos organizando para criarmos um calendário anual de eventos, nele contemplaremos ações de cidadania, saúde, alem de incentivarmos a ressocialização destes moradores junto à comunidade. A parceria junto às outras secretarias e entidades do município é fundamental neste processo que garantirá mais oportunidades destas pessoas tentarem deixar as ruas”, comentou Denise Quintela.

A equipe do Consultório de Rua, serviço da Atenção Básica da Secretaria de Saúde, firmou uma parceria junto a Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania (Setrac) para estender os atendimentos também nas ruas, uma vez que o programa conta com o atendimento móvel, realizado em um ônibus adaptado. A coordenadora do programa, Viviane Ramos, destacou a importância da integração.

“Nós atendemos aos mesmos públicos, então para nós é interessante estarmos cada vez mais unidos para proporcionarmos o melhor atendimento aos moradores em situação de rua. No evento de hoje realizamos além de uma palestra, junto ao programa de DST/AIDS, exames com os testes rápidos das principais doenças sexualmente transmissíveis e atendimentos de enfermagem”, revelou Viviane Ramos.

Em Petrópolis há aproximadamente 150 pessoas em situação de rua, destes, 60 moradores frequentam o Centro Pop regularmente. A maioria - 90% - destas pessoas são homens de 30 a 50 anos e que acabaram nesta situação na maioria das vezes devido ao desemprego. Há ainda muitos casos de pessoas com problemas psicológicos e mentais, além dos envolvidos com álcool e drogas.

A atuação da Setrac é realizada através de uma abordagem de assistentes e educadores sociais com acolhimento destes moradores e encaminhamento para o Centro Pop (Centro de Referência Especializada para População em Situação de Rua) onde eles podem tomar banho, se alimentar e passar o dia, caso o morador de rua tenha interesse, ele pode ser encaminhado para o Núcleo de Integração Social (NIS).

“As abordagens são realizadas nas ruas, mas nós não podemos obrigar esses moradores a irem para o Centro POP ou para o NIS. Os que são encaminhados para os serviços são por livre e espontânea vontade. No Centro POP ele recebe alimentação – café da manhã, almoço, lanche e jantar -  toma banho, recebe roupas novas e ao fim do dia ele vai embora. Para os que querem ir para o abrigo no NIS eles podem passar por um processo de ressocializaçao, onde são encaminhados para tirar o documento de identidade, recebem tratamento médico, psicológico e de antidrogas. Nosso objetivo é dar a oportunidade deles conseguirem se reabilitar conseguir um emprego ou retornar para as suas cidades de origem”, explicou Denise Quintela.