Para agilizar o fluxo de informações e tendo como proposta inicial a definição dos detalhes do funcionamento da Sala de Operações, o secretário de Defesa Civil, coronel Paulo Renato Vaz iniciará um novo sistema de comunicação com técnicos japoneses do Projeto de Gestão do Risco de Desastres e Programa de Resposta (Gides), que será feito por intermédio de videoconferências. A primeira está marcada para a próxima semana, após o período de Carnaval. O espaço funcionará em um anexo ao Centro de Operações da Defesa Civil. Uma equipe vai acompanhar o monitoramento dos dados 24 horas por dia.
“A reunião vai servir para alinharmos os últimos detalhes de como o Projeto vai funcionar na cidade”, comentou o Secretário. “O sistema já é comum no Japão, mas ainda é inédito no Brasil. A etapa experimental será executada ainda em Nova Friburgo (RJ) e Blumenau (SC), outras duas cidades selecionadas ao lado de Petrópolis para receber o projeto-piloto no país”, disse.
Hoje, esse acompanhamento é feito pelos pluviômetros, que indicam a quantidade de chuva nos últimos 15 minutos, uma hora, quatro horas, um dia, quatro dias e um mês. Com a mudança, a Defesa Civil passará a acompanhar as chuvas por gráficos, que calculam os riscos médios e altos de deslizamentos, com base nos acumulados de chuva.
“A metodologia japonesa utiliza cálculos no monitoramento. A Defesa Civil, durante todo o acordo de cooperação, fez o apanhado do comportamento do solo em várias partes da cidade no período de chuvas. Com o acesso a esses dados, vamos atuar melhor baseado nos riscos em cada parte de Petrópolis”, explica o secretário de Defesa Civil, coronel Paulo Renato Vaz.
“É um projeto experimental, mas que vai trazer uma nova maneira de pensar o desastre aqui em Petrópolis. A Defesa Civil ganha, e consequentemente, os petropolitanos”, afirmou.
O Projeto GIDES é executado pelo Ministério das Cidades, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - CEMADEN, pelo Ministério da Integração - CENAD e pelo Serviço Geológico Brasileiro – CPRM, contando com a cooperação de especialistas japoneses do Ministério da Terra, Transporte, Infraestrutura e Turismo – MLIT, da Agência de Meteorologia do Japão e de outros órgãos de expertise na área, através da Agência de Cooperação Internacional do Japão - JICA.