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Terça, 07 Março 2017 19:15

Campanha da CPTrans em homenagem as mulheres destacada o cuidado que elas têm no trânsito

Mulheres estiveram envolvidas em 311 acidentes em 2016, eles em 664

Mulheres dirigem melhor que homens. A afirmação, motivo de discussão entre pessoas de ambos sexos, é baseada em estatísticas. Só em Petrópolis, eles representaram mais que o dobro de casos de pessoas envolvidas em acidentes, segundo dados do hospital referência em trauma do município, o Hospital Santa Teresa. Enquanto as mulheres tiveram envolvidas em 311 acidentes em 2016, os homens deram 664 entradas na unidade de saúde. Com base nessas informações, a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans), homenageia, no Dia Internacional da Mulher, a classe feminina que atua no trânsito da cidade.

Durante a quarta-feira (08.02) agentes de trânsito estarão posicionados no semáforo próximo à Praça D. Pedro, distribuindo flores e o flyer da campanha. Com o slogan “Quem sabe usar os espelhos comete menos acidentes”, a proposta é destacar a atenção redobrada que as mulheres têm ao trânsito, não    só quanto ao uso dos espelhos, mas aos limites de velocidade e até a cortesia no trânsito. Não é à toa que o seguro para as mulheres é mais barato que para os homens.

“É uma brincadeira para suscitar a discussão e provocar os homens para que tenham mais atenção ao volante. Somente este ano tivemos quatro acidentes de trânsito com mortes: três deles envolvendo motociclistas. Desses quatro, três eram homens e uma era uma mulher. São jovens com idade média de 23 anos, começando a vida e que tiveram suas vidas ceifadas. É triste essa realidade. Então, nossa intenção é lembra o quanto é importante ter cuidado no trânsito, seguir as regras, cuidar não só de si, mas também do próximo. Toda a vida perdida é motivo de tristeza para todos nós e nossa meta, conforme pediu o prefeito Bernardo Rossi, é diminuir drasticamente este número”, lamentou o diretor-presidente da CPTrans, Maurinho Branco.

Instrutora de um Centro de Formação de Condutores há 17 anos, Lúcia Helena Gal Goldijo atribui o número excessivo de acidentes de trânsito com os homens ao excesso de confiança. Para ela, em muitos casos, o senso de responsabilidade deles fica em segundo plano, enquanto as mulheres são mais cautelosas. “Em todos esses anos aqui puder observar que o perfil dos homens continua o mesmo. Mesmo nas aulas teóricas, elas são mais atentas, questionam mais, enquanto eles não dão a devida atenção ao que está sendo apresentado. Os dados só refletem esse perfil”, explicou.