Cursos e orientações serão estendidos aos cuidadores e acompanhantes.
O Programa Melhor em Casa está em fase final para implantação no município. Previsto para inaugurar ainda este mês, o serviço oferece atendimento a pacientes impossibilitados de se locomover até uma Unidade de Saúde. A equipe formada por 27 profissionais está passando por capacitação com orientações sobre cuidados aos pacientes que serão assistidos pelo programa.
O Melhor em Casa contará com três Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMADs) e uma Equipe Multiprofissional de Apoio (EMAP) com sedes instaladas nas Unidades Básicas de Saúde: Quitandinha, Itamarati e Itaipava. O secretário de Saúde, Silmar Fortes, explicou que os pontos foram escolhidos devido à uma exigência do Ministério da Saúde.
“As EMADS foram distribuídas entre essas unidades por cobrirem o atendimento médio de 100 mil habitantes, exigência do Ministério da Saúde, e assim conseguiremos assistir a população de todo o município. São 27 profissionais entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas para as equipes de atenção domiciliar e fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo e assistente social para as de apoio”, anuncia Silmar Fortes.
A organizadora do programa, Eliane Shirato esclarece que os pacientes assistidos pelo Melhor em Casa precisam de encaminhamento médico. Eles precisam ainda estar impossibilitados de sair de casa para tratamento em alguma unidade de saúde para receber o atendimento domiciliar.
“O programa visa evitar as internações hospitalares desnecessárias e auxilia na reabilitação dos pacientes pós-alta hospitalar. Assim que ele estiver com as condições clínicas reestabelecidas, ele é encaminhado para o tratamento na rede, como por exemplo, acontece nos casos de fisioterapias. O atendimento é voltado não só para pessoas com doenças crônicas ou em situação pós-cirúrgica, como também portadores de deficiência e idosos”, disse Eliane Shirato.
No curso realizado nesta sexta-feira (05.05), os profissionais receberam orientações sobre os cuidados paliativos, que de acordo com a médica Natália Matias, tem como fundamento a abordagem ou tratamento que melhore a qualidade de vida de pacientes e familiares diante de doenças que ameacem a continuidade da vida.
“Para tanto, é necessário avaliar não somente a dor, mas, todos os sintomas de natureza física, social e emocional. Nosso objetivo é promover a qualidade de vida para que esse paciente que está no fim da vida possa partir sem dor e com dignidade, além de amparar os familiares durante todo o processo da doença”, disse Natália Mathias.
Para participar do Programa Melhor em Casa, o paciente deverá preencher um cadastro com a indicação de um cuidador, que poderá ser ou não um membro da família. O secretário de Saúde Silmar Fortes explicou que haverá treinamentos e oficinas de capacitação para cada acompanhante.
“Precisamos ter garantias que esse paciente será bem assistido em casa. Então será necessário um cuidador para acompanhá-lo, para só assim as visitas dos profissionais do programa serem autorizadas. O programa diminui a necessidade e a frequência de internações hospitalares. Esse fato também auxilia na disponibilização de leitos para os usuários que necessitam de internação hospitalar mais urgente”, afirma o secretário.
Petrópolis hoje conta com 1.218 leitos na rede e tem uma média de 1.600 internações por mês. Nos atendimentos de urgência e emergência, mensalmente as UPAS (Centro e Cascatinha) acumulam mais de 18 mil atendimentos.