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Quinta, 31 Agosto 2017 18:58

Ministério das Cidades anuncia 2,5 mil unidades habitacionais para o Estado

Desapropriado pela prefeitura em 2013 para a construção de moradias populares, o terreno de 110 mil metros quadrados no Caetitu – que chegou a ser liberado para a venda dois anos depois – vai ser reapresentado ao governo federal para ser incluído no novo pacote do Minha Casa Minha Vida que será destinado ao Estado do Rio. A área pode comportar até 800 unidades habitacionais. O governo federal vai aplicar R$ 1,2 bilhão no estado, incluindo contenção de encostas e drenagem na região serrana. Em habitação, serão 2,5 mil unidades, mais de R$ 600 milhões, com ênfase em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo. A apresentação dos investimentos foi feita nesta quinta-feira (31.08), no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, pelo presidente da República em exercício, Rodrigo Maia, e o ministro das Cidades, Bruno Araújo.

A pedido da Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, o terreno do Caetitu terá o projeto desmembrado como o do Vicenzo Rivetti, que tem três condomínios sendo construídos. Este novo projeto será reapresentado ao governo federal. Movimentos populares que reivindicam moradias também estiveram presentes ao evento no Palácio Guanabara.

Hoje o terreno do Vicenzo Rivetti é o projeto de habitação mais avançado na cidade e o mais numeroso: 766 unidades que já somam 60% de conclusão. A obra abandonada em 2015 foi retomada em janeiro. A prefeitura também assumiu a contrapartida do estado para poder concluir os 144 apartamentos na Posse. 

Caetitu pode receber moradias depois de “saga” de quatro anos desde a desapropriação

O Caetitu é emblemático pela “saga” atravessada para ser definido como destino de moradias. Em 2013, a prefeitura desapropriou a área por R$ 2,2 milhões para os desabrigados das chuvas daquele ano e também de 2011. Passados dois anos, no apagar das luzes ao final de 2015, um projeto em regime de urgência chegou à Câmara de Vereadores para que o executivo tivesse autorização de vender a área para a iniciativa privada. A votação do projeto foi a sessão mais longa a história do legislativo petropolitano: 14 horas ininterruptas, mas o esforço foi em vão. No dia 23 de dezembro, às vésperas do Natal, foi aprovada a venda da área.