Petrópolis vem avançando na conscientização e vigilância ao uso de agrotóxicos nos alimentos comercializados no município. A prefeitura participou pela 1ª vez da Reunião Geral do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) da Anvisa, em Brasília. O programa foi reimplantado em agosto de 2017 junto com a realização do Seminário de Vigilância da Saúde da População Exposta ao Agrotóxico. São 237 produtos listados para análise que ocorre mensalmente em fiscalizações da Vigilância Sanitária.
Em abril reestruturou o programa de Vigilância da Qualidade da Água (VIGIAGUA) que analisa a potabilidade da água para consumo, além de colher as amostras em nascentes no município. A fiscalização dos índices de agrotóxicos nos alimentos expostos é realizada pela Vigilância Sanitária que coleta as amostras e assim como a água são encaminhadas ao Lacen RJ - Laboratório Central de Saúde Pública do Rio de Janeiro Noel Nutels para análise – até o momento o município vem mantendo os índices de qualidade.
O encontro do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos da Anvisa ocorreu nos dias 06 e 07 dezembro com representantes de vigilâncias sanitárias estaduais e municipais de todo o país, além de analistas dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens), responsáveis pelas análises do programa. O grupo traçou estratégias para o monitoramento dos alimentos expostos a agrotóxicos e comercializados em todo o Brasil.
Uma das metas é incentivar a produção agrícola em Petrópolis melhorando a estrutura de apoio aos produtores. Estamos em processo de reimplantar o plano de vigilância e reativação da Comcab (Comissão Municipal de Controle de Agrotóxicos e outros Biocidas) será fundamental criarmos ações efetivas de educação continuada, fiscalização sobre o uso e descarte das embalagens, além das ações de prevenção e promoção a saúde.
O município é o maior produtor de alimentos orgânicos de todo o Estado e a prefeitura tem o objetivo de incentivar essa produção, além de acompanhar a utilização do produto químico ou biológico – comercialização, utilização pelo produtor rural e o descarte de embalagens – para definir ações de promoção, prevenção e vigilância em saúde à população exposta.
A coordenadora da Vigilância Sanitária, Dayse Carvalho explica que o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos já analisou alguns alimentos que são presentes na alimentação diária dos petropolitanos: arroz, alface, tomate, cenoura, além de frutas como laranja e manga.
“Os municípios são capacitados para o programa e para as coletas dos alimentos no comércio local que são os mercados, quitandas, hortifruits, entre outros. Comprovamos a procedência dos produtos pelas notas fiscais dos mercados, que são sensibilizados para nos atender e colaborar no fornecimento das informações que são de extrema importância para a rastreabilidade dos laudos dessas análises. Através do monitoramento de agrotóxicos nos alimentos e os impactos que isso pode causar a saúde da população, dos animais e ao ambiente podemos traçar ações preventivas”, reforça Dayse Carvalho.
A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Elisabeth Wildberger, explica que o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos faz parte do Plano de Ações de Vigilância da Saúde de População Exposta a Agrotóxicos que prevê a elaboração de material educativo sobre agrotóxicos para produtores rurais, além de cadastro e fiscalização à comercialização, utilização pelo produtor rural e o descarte de embalagens.
“Uma das diretrizes do Plano de Ações de Vigilância da Saúde de População Exposta a Agrotóxicos é fornecer a capacitação para profissionais da assistência para realizar o diagnóstico de intoxicação, além da notificação dos casos junto à Epidemiologia. A Vigilância Sanitária realiza a fiscalização nos produtos que são comercializados, mas a nossa meta é conscientizar o produtor desde o plantio dos alimentos”, reforça Elisabeth Wildberger.