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Sexta, 18 Mai 2018 18:55

Dia de Luta Antimanicomial leva ações dos CAPS para a Praça Dom Pedro

Evento promovido pela Secretaria de Saúde chamou a atenção de quem passava por um dos pontos mais movimentados do Centro Histórico

A Praça Dom Pedro foi, nesta sexta-feira (18.05), o ponto de encontro para funcionários e pessoas atendidas pelos Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) mostrarem os trabalhos desenvolvidos dentro das unidades. O evento, promovido pela Secretaria de Saúde, lembrou o Dia Nacional de Luta Antimanicomial, que tem como objetivo combater a exclusão, buscando contribuir para a construção de práticas inclusivas em saúde mental.

A data é um marco na luta pela inclusão social e cultural das pessoas que possuem algum transtorno mental e pela reinserção delas no mercado de trabalho. Importante tentar acabar com os estigmas e preconceitos e trabalhar pelos processos de socialização. A rede de serviços trabalha comprometida com a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas.

Atualmente, o município conta com três centros de Atenção Psicossocial (CAPS): o CAPS Nise da Silveira, o Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSI) e o Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e outras Drogas (CAPS AD III). No total, elas realizam média de 1,5 mil atendimentos por mês.

O CAPS tem como maior objetivo tratar a saúde mental de forma adequada, oferecendo atendimento à população, realizando o acompanhamento clínico e promovendo a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho e ao lazer, a fim de fortalecer os laços familiares e comunitários.

Petrópolis possui, ainda, três Residências Terapêuticas que acolhem, atualmente, 23 pessoas, e dois ambulatórios de Saúde Mental. A Diretora do Departamento de Saúde Mental, Viviane Martins, explica que os atendidos pela rede de Atenção participam de uma série de atividades visando desenvolver habilidades e trabalhar a reinserção à sociedade.

“Buscamos utilizar de estratégias para integrar estas pessoas novamente ao convívio social, após sofrer etapas de privação de liberdade. Tentamos trabalhar com um conjunto de práticas que buscam promover exercícios de cidadania com enfoque na criatividade e desenvolvimento de iniciativas, com oficinas, grupos de trabalho e orientações”, contou Viviane.

Nas barraquinhas montadas na Praça Dom Pedro, os atendidos puderam expor e vender alguns dos artigos feitos durante as oficinas. A agente comunitária Rosimeri Moura, de 56 anos, comprou uma pulseirinha. Ela ficou encantada com as atividades desenvolvidas.

“Estava passando e vi os trabalhos. Tive que parar. Conheço e admiro demais o trabalho desenvolvido por estas equipes e ver estas pessoas tão felizes, fazendo o que gostam. Fiz questão de ajudar”, disse Rosimeri.

Os valores recebidos com a venda dos artigos serão revertidos para a compra dos itens utilizados para a confecção de novos itens.