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Contratação emergencial de empresa já está sendo regulamentada

A Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep) iniciou nesta quinta-feira (05.01) uma operação emergencial, contando com cerca de 200 homens nas ruas para realizar o serviço de limpeza e coleta de lixo. A Comdep destacou oito caminhões e três máquinas para realizar o serviço de coleta dos resíduos domiciliares. A contratação emergencial da nova operadora está sendo regulamentada. 

“Nosso compromisso é cuidar da cidade e estamos empenhados nisso. Assumimos há quatro dias e encontramos toda a sorte de dívidas e falta de cuidado com o patrimônio público. A coleta de lixo ter sido suspensa por falta de pagamento do governo anterior é mais um dos muitos absurdos que uma má gestão deixou acontecer. Dentro de mais alguns dias já vai estar solucionado e nossa cidade limpa”, garante o prefeito Bernardo Rossi. 

A operação emergencial da Comdep teve início após a Locar, antiga concessionária, interromper o serviço por conta de uma dívida que soma R$ 11,9 milhões acumulada desde agosto de 2015, deixada pela administração anterior. 

Na manhã de  quinta-feira  (5/1), o diretor-presidente da Comdep, Wagner Silva, acompanhou de perto o trabalho realizado na região da Castelânea. Ele esteve na Praça Pasteur, de onde foram retirados três caminhões lotados de lixo.     

Wagner Silva criticou a última gestão municipal por deixar essa dívida e também a Locar, que esperou o ano começar para interromper o serviço.

“Estamos fazendo essa operação de emergência, tentando amenizar essa dificuldade consentida pela administração anterior, que deixou essa dívida, e pela Locar, que foi vendo a dívida cresce e, mesmo assim, realizava a coleta esperando receber. O contrato de licitação diz que a empresa que assume um serviço tem que ter capacidade técnica para isso. A empresa fez a coleta normalmente até o final do ano passado e esperou o segundo dia desse governo para parar a operação”, criticou o diretor-presidente da Comdep. 

De acordo com ele, a licitação para contratação emergencial já está em andamento e resultado ficará pronto nos próximos dias. 

“Tirei pessoas de outras áreas da Comdep e recebi apoio da Secretaria de Obras para a nossa cidade não ter até um problema ambiental, além de ficar com a imagem de uma cidade suja”, disse Wagner Silva.

A coleta ontem foi realizada nas ruas Cristóvão Colombo e Saldanha Marinho (Castelânea), Cardoso Fontes, 24 de Maio e Albino Siqueira (Alto da Serra), além de Humberto Rovigatti e Loteamento Samambaia (Samambaia). O resíduo domiciliar também foi coletado nas unidades de saúde: Unimed (Bingen e Valparaíso), Pronto Socorro da Rua Paulino Afonso e do Alto da Serra, UPAs Centro e Cascatinha, SOC de Corrêas, Hospital de Corrêas e Hospital Santa Teresa. Na quarta (4/1) à noite, localidades do Bingen já haviam recebido atenção. A cada dia, a Comdep vai montar um cronograma dos locais onde a coleta é mais urgente. 

Estimativa é de imunizar mais de 18 mil adolescentes
Vacina contra Meningite C também está disponível

João Felipe de Oliveira Machado, de 13 anos, foi um dos primeiros a ser vacinado contra o vírus em Petrópolis e durante a imunização recebeu um apoio importante: do prefeito Bernardo Rossi que acompanhou a  vacinação no Setor de Epidemiologia do Hospital Nelson de Sá Earp.  “Não doeu nada e gostei da força do Bernardo”, afirmou.

O prefeito Bernardo Rossi e o secretário de saúde Silmar Fortes, estiveram hoje (04) no setor epidemiológico do município para acompanhar o início da imunização em meninos contra o HPV (Papiloma Vírus Humano). A meta da Secretaria de Saúde é vacinar, aproximadamente, 18 mil adolescentes entre 12 e 13 anos. A vacina está disponível em 12 polos, entre postos de saúde e ambulatórios.

Durante a imunização, Bernardo relembrou a autoria do projeto de lei para a aplicação da vacina pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Essa é uma campanha que fiz absoluta questão de participar porque  no meu mandato como deputado estadual fizemos uma lei que tornou a vacinação, inicialmente para meninas, obrigatória na rede pública do estado do Rio. Outros estados se inspiraram e também fizeram leis estaduais o que pressionou o governo federal a vacinar em massa em todo o país”, afirmou o prefeito Bernardo Rossi lembrando a importância da vacinação contra vários tipos de câncer, inclusive o de útero, terceira causa de morte de mulheres no país.

João foi levado pela mãe Alessandra Queiróz Machado, que soube da vacinação pelo marido, que é médico e se apressou em garantir a imunização. “O próximo a ser vacinado é o caçula, Bernardo, de dois anos, assim que tiver a idade recomendada, será imunizado”.

Seguindo a determinação do Ministério da Saúde, meninos de 12 a 13 anos devem ser vacinados contra o HPV e nas meninas, a imunização foi estendida até os 14 anos. Foram inclusos também homens de nove a 26 anos portadores de AIDS (HIV), síndrome da imunodeficiência adquirida, desde que apresentem indicação médica. Além da vacina contra o HPV também já está disponível no município a vacina para meningite C que será aplicada em adolescentes na faixa de 12 e 13 anos, em dose única.

“Devido à queda da imunidade das crianças, o Ministério da Saúde entendeu que havia a necessidade de um reforço na vacinação dos adolescentes. Antes, a meningite C estava disponível apenas para crianças entre três meses e quatro anos. No entanto, por apresentar uma rápida evolução, gravidade e letalidade, é imprescindível que os pais estejam atentos ao período de vacinação.”, explicou Silmar Fortes.

HPV para meninos

O esquema vacinal para os meninos contra HPV é de duas doses, com seis meses de intervalo entre elas. O objetivo é proteger contra os cânceres de pênis, garganta e ânus, doenças que estão diretamente relacionadas ao HPV. A definição da faixa-etária para a vacinação visa proteger as crianças antes do início da vida sexual e, portanto, antes do contato com o vírus.

HPV para meninas

Nas meninas, também em duas doses, o principal foco da vacinação é proteger contra o câncer de colo do útero, vulva, vaginal e anal; lesões pré-cancerosas; verrugas genitais e infecções causadas pelo vírus. O HPV é transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto.

“É muito importante que os pais tenham a consciência de que a vacinação começa na infância, mas continua na adolescência. O que já identificamos é que muitas meninas tomaram a primeira dose e não retornaram para tomar à segunda, então esta é uma oportunidade para que todos, meninos e meninas, sejam imunizados”, ressaltou Silmar Fortes.

POSTOS DE VACINAÇÃO:

A vacina contra o HPV e Meningite C estão disponíveis nos postos:

Alto da Serra
Endereço: Alto da Serra (Posto de Saúde da Família Frei Leão) I/II/III Rua Teresa, 2024 (Praça Miguel Couto)
Telefone: 2231-3686

Posse
Endereço: Estrada União Indústria, 33.530
Telefone: 2259-2251

São Sebastião
Endereço:  Rua São Sebastião, 625
Telefone: 2291-7569

Alto Independência
Endereço: Rua José Lino s/nº
Telefone: 2243-8386 (ramal Prefeitura) 2247-1416 (orelhão posto) 2220-1513 (orelhão fora do posto)

Morin
Endereço: Rua Elisio de Carvalho, s/n
Telefone: 2243-9825 (ramal Prefeitura)

Itaipava
Endereço: Estrada União Indústria, 11860
Telefone: 2222-9519 (orelhão)

Pedro do Rio
Endereço: Estrada União Indústria
Telefone: 2223-2035 2223-1676

Quitandinha
Endereço: Rua Campos, Lote 02 – Q17
Telefone: 2244-8710 (ramal Prefeitura) 2245-3534

Retiro
Endereço: Av. Barão do rio Branco. (próx. ao sacolão)
Telefone: 2231-6707 2235-3377 (orelhão)

Ambulatório Escola
Endereço: Rua Hivio Naliato, 899 - Cascatinha
Telefone: (24) 22435362

HMNSE - Hospital Municipal Dr. Nelson de Sá Earp
Endereço: Rua Paulino Afonso, 455 - Centro
Telefone:  24 2237-4062

Hospital Alcides Carneiro
Endereço: Rua Vigário Correa, 1345 - Corrêas
Telefone: 24 2221-2212

Redução de repasses municipais, débitos trabalhistas, entre outros, totalizam a dívida.
Telefones celulares e fixos da Fundação foram cortados por falta de pagamento.

Na Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis, a situação é ainda mais alarmante. A redução de repasses municipais, uma dívida acumulada de mais de R$ 426 mil com a concessionária Águas do Imperador, entre outros débitos, totalizam uma dívida de R$ 672.902,30.

O problema, que inclui falta de pagamentos trabalhistas, arrecadação e até de serviços essenciais, como telefone, que teve o serviço cortado, vem prejudicando o funcionamento da Fundação, como levantamento de dados no setor de cultura e turismo.

“A primeira ação que fizemos foi levantar esses débitos, até porque esbarramos com telefones cortados impedindo nosso trabalho. Já apontamos essa questão ao prefeito Bernardo Rossi e estamos trabalhando para sanear as contas, incluindo a redução de gastos e cortes com a reforma administrativa. Nosso orçamento já é reduzido e ainda teremos que arcar com débitos anteriores por conta da diminuição nos repasses da prefeitura desde agosto do ano passado e outras pendências”, apontou o presidente da FCTP, Leonardo Randolfo.

Com a Águas do Imperador, a Fundação acumula dívida de R$ 426.941,71. O valor se refere a contas em aberto de cinco meses de 2014, todo o ano de 2015 e 10 meses de 2016. Por causa da falta de pagamentos, todos os telefones da Fundação foram cortados. São contas pendentes de telefonia celular desde outubro do ano passado, no valor R$ 5.700, e de telefonia fixa, referente ao mesmo período, que totalizam R$ 19.297,91.

Além dos serviços, a Fundação também tem débitos com o INSS sobre a folha de pagamento desde outubro do ano passado, incluindo o 13º salário. O prefeito Bernardo Rossi assumiu o débito regularizado de mais de R$ 81 mil, referente aos meses de outubro e novembro, que foi parcelado pelo governo anterior. Já os mais de R$ 75 mil referentes aos meses de dezembro e 13º salário estão liquidados, pois ainda não venceram. No Inpas a dívida chega a R$ 52.250,77, referente ao 13º salário, e no PIS - PASEP a R$ 6.276,10, referentes aos meses de outubro, novembro e 13º. Ambos os débitos também estão liquidados.

A Fundação ainda acumula débitos de Imposto de Renda retido sobre a folha de pagamento (dos meses de outubro, novembro e 13º), no valor de R$ 41.307,72, e sobre o pagamento de terceiros, R$ 11.147,51, além de ISS retido sobre o pagamento de terceiros, que chegam a R$ 14.832,23. Alguns contratos de prestação de serviços também não fora quitados e totalizam R$ 19.591,52.

Débitos dificultam chegada de recursos federais e estaduais
Secretaria trabalha para tirar Petrópolis do CAUC

Passa de R$ 25,4 milhões o montante apurado até o momento pela Secretaria Municipal de Fazenda referente a dívidas de tributos não recolhidos  e valores descontados na folha de pagamento de servidores que deixaram de ser repassados pela administração passada, entre os quais parcelas de empréstimos consignados à Caixa Econômica Federal.

A secretaria analisa ainda documentos referentes a outras dívidas do município com fornecedores, precatórios e serviços terceirizados como a coleta de lixo. 

"O secretário e toda sua equipe estão empenhados em finalizar este levantamento. Todos os dados estão sendo analisados cuidadosamente. Este é o primeiro passo  para que as contas do município sejam organizadas e os problemas sanados", explica o prefeito Bernardo Rossi.

As pendências colocaram a cidade no Cadastro Único de Convênios (CAUC), o que dificulta a chegada de recursos federais e estaduais.

"Com as dívidas não conseguimos retirar a CND – Certidão de regularidade quanto à tributos, as contribuições previdenciárias federais, e a dívida ativa da União. Por conta disso hoje, a cidade só recebe recursos por força de liminar judicial", explica o secretário de Fazenda, Heitor Luiz Maciel Pereira, destacando que o montante não representa todas as dívidas acumuladas na pasta.

"Ainda existem muitos documentos a serem analisados. A apuração feita até o momento aponta uma dívida de R$ 22,5 milhões somente referentes ao não recolhimento de PASEP, INSS sobre notas fiscais de serviço, e Seguro de Acidente de Trabalho (SAT)", explica o secretário.

Heitor Pereira destaca que o montante se refere a valores históricos, ou seja, sem atualização monetária e encargos moratórios.

A análise da Secretaria de Fazenda aponta ainda uma dívida de R$ 2,1 milhões referentes aos atrasos no repasse de parcelas de empréstimos consignados à Caixa Econômica Federal - valores que foram descontados na folha de pagamento dos servidores nos meses de novembro e dezembro.

A Secretaria verificou ainda a existência de uma dívida de aproximadamente R$ 800 mil - valores descontados na folha de pagamento dos servidores referentes a compras em estabelecimentos comerciais da cidade pelo cartão de convênio do SISEP.

 "São valores aproximados, pois ainda existem muitos dados a serem analisados", considera o secretário Heitor Luiz Maciel Pereira.

Prefeito sanciona emendas que somam R$ 38 milhões
Endividamento do município leva a veto de R$ 10,3 milhões em emendas

O prefeito Bernardo Rossi aprovou e sancionou o Orçamento de R$ 881 milhões, garantindo uma emenda de R$ 36,6 milhões para sanar parte do rombo na folha de pagamento dos servidores da Saúde. O documento, que estima receita e fixa despesas do município, será publicado ainda esta semana no Diário Oficial do Município. Das 27 emendas aprovadas na Câmara, 10 foram sancionadas e 17 vetadas pelo prefeito.

“O alto grau de endividamento que encontramos nas contas, não permitiu que todas as emendas aprovadas na Câmara fossem sancionadas. Com base em uma análise técnica e financeira verificamos as questões mais urgentes. Garantimos o redirecionamento de recursos para a folha de pagamento dos servidores e também para outras ações na área de saúde, pois a Saúde é uma prioridade na minha gestão”, considera o prefeito Bernardo Rossi.

Antes da sanção e veto do prefeito, as 27 emendas foram avaliadas pelo coordenador especial de Gestão Estratégica, Roberto Rizzo Branco, que emitiu um relatório técnico apontando prioridades. As 10 emendas sancionadas somam R$ 38 milhões. Deste montante, R$ 36,6 milhões irão reduzir o déficit previsto de R$ 60 milhões na folha de pagamento de servidores da Saúde, que será reduzido a R$ 24 milhões.

“A prioridade para o prefeito Bernardo Rossi é garantir o pagamento dos servidores, que são fundamentais para o bom funcionamento da prefeitura e para que a população tenha um atendimento de qualidade”, destaca o coordenador Roberto Rizzo. 

Foram sancionadas também emendas que somam R$ 640 mil para manutenção da rede de média e alta complexidade, serviço de atenção básica, Programa Saúde na Escola, atendimento ambulatorial e odontológico, entre outras ações na área de Saúde; R$ 500 mil para drenagem, desassoreamento e limpeza de rios; R$ 80 mil para melhorias na biblioteca municipal e R$ 200 mil para a construção de gavetas nos cemitérios municipais.

“As emendas que neste momento foram vetadas, por conta do endividamento do município e da grave situação financeira, que exigiu uma política de austeridade, serão aproveitadas em outro momento”, considera o prefeito Bernardo Rossi.

O Orçamento para 2017 foi aprovado na Câmara no dia 22 de dezembro e enviado à prefeitura no dia 26 para ser sancionado pelo então prefeito Rubens Bomtempo. Em ofício encaminhado à equipe de transição de governo no dia 29.12, o ex-prefeito informou que não analisaria a peça orçamentária e as emendas, deixando as sanções e vetos a cargo do prefeito Bernardo Rossi.

Dos 75 gêneros necessários para o atendimento, apenas 26 estão armazenados. Carnes e hortifrutigranjeiros não foram garantidos. A dívida com os fornecedores passa dos R$ 3 milhões.

A primeira visita da atual gestão da Secretaria de Educação no depósito da merenda escolar constatou um colapso no estoque na merenda escolar do município. O levantamento foi feito a partir de um pedido do prefeito Bernardo Rossi. Uma conferência nas contas verificou que uma verba federal de R$ 1.059 milhões que deveria ter sido utilizada para a merenda foi arrestado para pagar o funcionalismo. Os alimentos encontrados no estoque só garantem merenda até março. Além disso, para que os demais gêneros sejam comprados uma dívida de R$ 800 milhões, incluída no valor total de R$ 3 milhões deve ser paga.

Ao contrário do que a gestão anterior afirmou, de que os produtos cobririam três meses de merenda, 46 gêneros alimentícios foram licitados, mas ainda não foram pagos. Além disso, dos 26 gêneros que estão armazenados no local, a maioria garantirá apenas um mês de fornecimento em toda rede municipal de ensino. Outro agravante diz respeito a divida com os fornecedores que chega a aproximadamente R$ 3 milhões e 300 mil.

“Não podemos aceitar uma circunstância como essa. È um absurdo. A questão da alimentação dos nossos alunos deve ser tratada com total prioridade. Vamos reverter essa situação e garantir a qualidade da merenda para todos os estudantes”, afirmou o prefeito Bernardo Rossi.

Segundo o secretário de Educação, Anderson Juliano, o total de produtos e os gêneros que estão no depósito não garantem uma refeição completa para as crianças e, para conseguir adquirir os outros alimentos indispensáveis, como carnes e legumes, a dívida terá que ser paga.

“A irresponsabilidade da última gestão foi tanta que os produtos alimentícios que estão no depósito não completam uma alimentação balanceada, ou seja, como atenderemos as crianças sem poder oferecer a elas a alimentação necessária? É uma situação grave. Além disso, para comprar os outros produtos necessários para a composição dos pratos, teremos antes que pagar a dívida com os fornecedores”, disse Anderson Juliano.

A verificação foi feita pela equipe que assumiu no dia 2 de janeiro o controle pelo depósito da merenda. De acordo com o relatório que foi entregue ao secretário de Educação, Anderson Juliano, dos 75 gêneros necessários para o atendimento do cardápio balanceado, apenas 26 estão armazenados no depósito central. Destes, cinco gêneros terão a duração entre dois e três meses. São biscoitos, chocolate em pó e feijão preto. Outros três tipos durarão apenas um mês e meio: amido, flocos de milho e macarrão parafuso. Com duração de um mês estão o alho, o arroz e o macarrão espaguete. Já outros 14 gêneros possuem saldo insuficiente para um mês, como açúcar, biscoito maisena, goiabada, ervilha seca, milho em conserva e peito de frango.

A verificação também constatou que 46 gêneros possuem saldo contratado, ou seja, foram licitados, mas, o pagamento não foi feito. Entre eles estão o sal, as carnes, que têm duração média de cinco semanas, os produtos não perecíveis, com validade de dois meses e meio e os produtos provenientes dos contratos hortifrutigranjeiros, que tem duração média de três semanas.

1.215 empresas pediram licença para se instalar e ficaram sem resposta 

Um balanço prévio das licenças ambientais que estão atrasadas no município dão o tom da falta de desenvolvimento que a cidade vive: até abril de 2016, são 1.798 processos parados na Prefeitura. Desses, 1.215 são de empresas que solicitaram o licenciamento ambiental e ficaram sem resposta. O levantamento feito pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, a pedido do prefeito Bernardo Rossi foi divulgado nesta terça-feira (03.01).

Para Fred Procópio, que vai assumir a secretaria de Meio Ambiente, mas que já está trabalhando na pasta ainda acoplada ao Desenvolvimento Econômico, esse atraso atrapalha a evolução financeira da cidade. 

“Esses são casos em que as empresas não receberam a resposta da Prefeitura sobre a chance de investimento em alguma região. Imagina um empresário que quer investir na cidade e não tem uma resposta? A cidade deixa de gerar emprego e renda”, disse o futuro secretário.

“Petrópolis parou no tempo e é falta de gestão, de vontade de fazer e de determinação. Vamos recuperar todos os aspectos em que a cidade deixou de cuidar e voltar a ter desenvolvimento e preservação”, destacou o prefeito Bernardo Rossi.

Além disso, são 547 processos de controle ambiental parados quando a Prefeitura precisa fiscalizar as obras que estão sendo feitas no município e mais 11 casos de comissão julgadora de ações ambientais. O município também deve explicações ao Ministério Público Estadual, que questionou 29 licenças dadas pela Prefeitura. O Ministério Público Federal também aguarda resposta sobre 46 processos de licenciamento.

“Estamos planejando uma força tarefa para resolver essas questões. É uma prioridade nossa. Também vamos rever o trabalho de fiscalização, com a melhora do efetivo, reestruturando e aparelhando melhor a Guarda Ambiental. Vamos trabalhar muito para superar todas as dificuldades”, afirmou Fred Procópio.  

Bernardo Rossi visita Centro Administrativo e recebe apoio dos funcionários 

Medidas de austeridade com contingenciamento de gastos também  agradam aos servidores públicos. Em visita ao Centro Administrativo na Barão do Rio Branco onde estão instaladas algumas das repartições municipais, o prefeito Bernardo Rossi recebeu aval dos servidores públicos que concordam com as ações e querem melhores condições de trabalho. No local, houve problemas no funcionamento de secretarias como a de Desenvolvimento Econômico onde não era possível acessar a internet nem fazer ligações de telefone. 

“Estou visitando todas as repartições para reafirmar meu compromisso de colocar a casa em ordem e valorizar o servidor que precisa de condições para desempenhar suas funções”, afirma Bernardo Rossi. O prefeito esteve nas secretarias de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, Assistência Social, Saúde e Administração. 

No Centro Administrativo, Ana Cristina Passos Cabral, da Junta Comercial do Estado do Rio (Jucerja) que funciona atrelada à Fazenda, elogiou o prefeito. 

“Bernardo, tenho certeza de que vamos conseguir melhorar a nossa cidade”. Auxiliar de serviços gerais há 28 anos na prefeitura, Sandra de Jesus também comemorou. “Bernardo é ótimo e se Deus quiser vai tudo ficar muito bom”.  

CEF se reúne com prefeito

Com dívidas de R$ 2,1 milhões referentes à falta de repasse dos empréstimos consignados dos servidores, a Caixa Econômica Federal está apresentando ao governo Bernardo Rossi, oficialmente, o saldo devedor. 

Importante como veículo de transferência de recursos de programas federais para o município, a CEF, por meio dos gerentes Guilherme Pedro Hammes (Agência Imperial) e Luiz Claudio Alves (Gerente Área de Governo) também mostrou à nova gestão, os 22 contratos mantidos hoje com recursos vindos da União, na ordem de R$ 150 milhões.

“Temos de regularizar a situação dos consignados e, ao mesmo tempo, criar relacionamento com a Caixa, não apenas para os convênios em vigor, mas como banco oficial do governo, responsável pela liberação de recursos de programas sociais e habitacionais”, afirmou o prefeito Bernardo Rossi.

Com dívida de R$ 130 milhões apenas referente a 2016, o município, com caixa zerado, luta para sanear as contas e manter os serviços à população.  

“Lamentável que as dívidas com os servidores persistam ainda que tenha sido recolhido em folha o pagamento pelos empréstimos firmados.  Esta é uma de dezenas de situações irregulares que estamos encontrando na prefeitura”, frisou Bernardo Rossi.

Deixaram de ser recolhidas à Caixa os empréstimos consignados da folha de pagamento de novembro, da administração direta e, em dezembro, de todo o funcionalismo.

Luiz Claudio Alves considerou produtiva a reunião com o prefeito Bernardo Rossi.

“É preciso estreitar o relacionamento e reunir esforços para sanar débitos.  Vamos ter contato permanente com a cidade e ter mais parcerias”. 

Desconto de 12% para quitação em cota única até dia 23

A contribuição da população, com o pagamento do Imposto Predial Territorial e Urbano (IPTU), em cota única, nunca foi tão importante para a recuperação da cidade, que acumula hoje uma dívida de R$ 565 milhões – R$ 130 milhões somente referentes a 2016. Os carnês começaram a ser distribuídos e oferecem desconto de até 12% para quem antecipar o pagamento do imposto em cota única, na primeira data. 

“Faço um apelo à população para que una forças ao governo e contribua para a recuperação da cidade, antecipando o pagamento do IPTU em cota única. Estamos reduzindo despesas e trabalhando para organizar as contas. Assumimos uma prefeitura quebrada e a contribuição de cada petropolitano é importante para que os serviços sejam mantidos. Posso garantir que a população sentirá, no seu dia a dia, o resultado desta parceria com o município. A cidade vai melhorar”, assegura o prefeito Bernardo Rossi. 

A distribuição dos carnês começou nesta quarta-feira (4). A previsão é de que até o dia 10, todos os 91 mil carnês estejam nas mãos dos proprietários. Os pagamentos em cota única têm descontos de 12% para quem pagar até o dia 23.01, 10% para quem quitar até o dia 20.02, e 7% para pagamentos efetuados até 20.03. A estimativa de arrecadação para este ano é de R$ 133 milhões, parte destes recursos são destinados à limpeza pública.

“O pagamento em cota única possibilita que a prefeitura tenha recursos para aplicar em serviços importantes para a população. Além de contribuir com o melhor funcionamento da cidade, quem antecipa o pagamento economiza, aproveitando os descontos” considera o secretário de Fazenda, Heitor Luiz Maciel Pereira.

Em caso de dúvidas o proprietário do imóvel deve entrar em contato com a Secretaria de Fazenda pelos telefones: 2246-8526 e 2242-6260.


A Secretaria de Desenvolvimento Econômico funciona nos primeiros dias de janeiro de forma precária. Telefones foram cortados por dívidas de quase R$ 30 mil. Segunda e terça-feira, nestes setores, o atendimento foi prejudicado. 

As dívidas existem desde outubro, quando as contas de telefonia fixa e móvel deixaram de ser pagas. Mesmo assim, a primeira auditoria realizada pela Secretaria de Administração e Recursos Humanos mostrou que, apenas em 2016, o gasto com telefonia foi de R$ 1.083.469,76. 

O mesmo documento, divulgado nesta terça-feira (3/1), mostra que montante utilizado para combustível foi de R$ 1.405.493,83.

Ou seja, apenas com os dois itens, o último governo despejou quase R$ 2,5 milhões em 2016. Já nos primeiros atos de governo, o prefeito Bernardo Rossi determinou o recolhimento dos celulares oficiais, além da redução de 40% do consumo de combustível da frota oficial. 

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Marcelo Fiorini, não contou com serviço de telefone e internet nos dois primeiros dias úteis de trabalho do novo governo. A dívida com telefonia móvel deixada pelo governo municipal anterior é de cerca de R$ 30 mil. Outros serviços básicos também não funcionaram ou estavam quebrados, como ar condicionado, banheiros sem papel ou sabão, falta de papel para impressoras. Isso atrapalhou o início dos trabalhos do secretário. 

“Nós encontramos serviços básicos em estado bastante precário: telefone cortado, ar quebrado. O prefeito Bernardo Rossi tomou essas medidas de austeridade, mas mesmo o que precisaria funcionar para um trabalho básico não funciona. Deixaram uma situação bem precária mesmo”, comentou Fiorini.