“Comissão dos 110 anos da Imigração Japonesa no Brasil” doou 110 mudas ao município, sendo que 100 delas ficarão em Itaipava
Se aquela historia de que na vida a gente precisa escrever um livro, ter um filho e plantar uma árvore for verdadeira, muitos petropolitanos já cumpriram pelo menos um dos três itens. É que, depois da doação de 110 mudas de cerejeiras pela “Comissão dos 110 anos da Imigração Japonesa no Brasil” ao município, muitas pessoas se inspiraram e resolveram se voluntariar para plantar “sua árvore”. O Parque Municipal, em Itaipava, que recebeu 100 das 110 mudas, esteve movimentado nesta segunda-feira (16.07) com adultos e crianças que ajudaram no plantio.
O trabalho, que está sendo feito pela Comdep, deve terminar nesta terça-feira (17.07) com o plantio das últimas mudas, que estão sendo espalhadas pelos quatro cantos do parque. Na cerimônia que oficializou a doação das cerejeiras – árvore símbolo do Japão, na última sexta-feira (13.07), o cônsul geral do Japão no Rio de Janeiro, Yoshitaka Hoshino, e integrantes da comunidade japonesa, além do prefeito Bernardo Rossi, plantaram suas árvores e serviram de inspiração para a comunidade.
“Depois da cerimônia as pessoas não param de mandar mensagem, todo mundo quer plantar sua árvore. Isso é muito legal porque movimenta o parque. Não só agora, mas sempre, porque as pessoas vão continuar vindo para cuidar e ver as árvores”, destaca Débora Lattouf, subgerente responsável por eventos do Parque Municipal.
O município foi escolhido para receber as árvores porque Petrópolis é a cidade do país que tem a relação mais antiga com o Japão. Em 2018, a comunidade Nikkei comemora os 110 anos da imigração japonesa no Brasil e, por isso, uma série de eventos marcam a data. A escolha do parque fortalece o Circuito das Cerejeiras também na região de Itaipava. Quem conseguiu plantar sua muda ficou orgulhoso. “Achei essa ideia brilhante. É um orgulho para quem está plantando. Eu vim plantar e vou continuar vindo aqui sempre. Esse lugar é maravilhoso”, explica o professor de educação física Ricardo Rumayor.
Ao longo do dia, dezenas de pessoas procuraram o parque para plantar suas mudas. Até escolas aproveitaram a oportunidade para estimular as crianças no contato com a natureza. As professoras Ingrid Mathias e Caroline Jeronymo, por exemplo, levaram alunos ao parque e aproveitaram para estimulá-los ao plantio. “É sempre bom colocá-los em contato com a natureza”, disse Ingrid.
O mês de julho é o período de florada das cerejeiras, que dura, no máximo, rápidos 15 dias. Entre os pontos conhecidos pelas belezas das sakuras, como são chamadas no Japão, estão o Lago Quitandinha, Museu Imperial, entorno do Palácio de Cristal, vias do Centro Histórico como as avenidas Ipiranga e Tiradentes, entre outros.