O número de atropelamentos em Petrópolis cresceu de 11,98% entre 2016 e 2017. Os dados são do anuário estatístico de acidentes de trânsito, produzido pela Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans), que consolida os números relacionados a sinistros no município. No Dia Mundial do Pedestres, comemorado nesta quarta-feira (08.08), o alerta é quanto ao crescimento deste número.
Dos 1.776 acidentes registrados, a maioria são colisões, choques ou abalroamento. Porém, ao analisar o documento percebe-se que mais da metade dos acidentes com vítimas fatais – 35 ao todo em locais sob jurisdição municipal – foram ocasionadas em colisões e atropelamentos. Diante disto, é possível afirmar que este tipo de acidentes são os que constitui menor probabilidade de sobrevivência.
“De acordo com a seguradora responsável pelo Seguro DPVAT, os pedestres são a segunda categoria que mais indeniza. Só no primeiro semestre deste ano, em todo o país, foram 170 mil indenizações, sendo 42.650 para pedestres por morte, invalidez permanente e despesas médicas hospitalares. As vítimas também ocupam o segundo lugar nas indenizações pagas por acidentes fatais, um total de 5.506. Além disso, mais de 32 mil pedestres foram indenizados por invalidez permanente”, explica o diretor-presidente da CPTrans, Jairo Cunha.
De acordo com o Anuário, a Paulo Barbosa é a via onde ocorreu, proporcionalmente, o maior número de atropelamentos na cidade no ano passado. Dos 23 acidentes registrados na rua, sendo nove com vítimas, sete foram de atropelamento. A via, aliás, figura pela primeira vez no ranking de vias com maior índice de acidentes: 3% do total das 10 com maior número de acidentes.
“O projeto de reurbanização da Paulo Barbosa leva em conta esses novos dados. Então, a ideia é trabalhar a segurança viária com as alterações que estão sendo propostas para esta região. É importante, no entanto, que o pedestre também tenha atenção ao trânsito. Diminuir essas estatísticas é uma responsabilidade de todos”, explica o diretor-presidente da CPTrans, Luciano Moreira.
Segundo a CPTrans, um dos os principais motivos para a falta de atenção dos pedestres na rua está a utilização do celular. Ao digitar, ler mensagens, falar e até ouvir músicas com o fone de ouvido, a pessoa acaba se distraindo, o que pode ser fatal. Por isso, a indicação é usar o aparelho de forma moderada e responsável.