Unidades fazem mais de 1,6 mil atendimentos por mês
Estimular a integração social e familiar dos pacientes com transtornos mentais graves e os apoiar em suas iniciativas de busca de autonomia. É com este objetivo que a Secretaria de Saúde vem reforçando o atendimento médico e psicossocial nos centros de Atenção Psicossocial (CAPS). No total, em média, são feitos mais de 1,6 mil atendimentos por mês nas quatro unidades: CAPS Nise da Silveira, no Centro; CAPS Núbia Helena, em Itaipava; CAPS Infantil; e CAPS Álcool e Drogas. Petrópolis possui, ainda, três Residências Terapêuticas e dois ambulatórios de Saúde Mental.
O CAPS tem como maior objetivo tratar a saúde mental de forma adequada, oferecendo atendimento à população, realizando o acompanhamento clínico e promovendo a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho e ao lazer, a fim de fortalecer os laços familiares e comunitários. As equipes realizam reuniões semanais com os coordenadores, isto para fortalecer o vínculo e buscar sempre a melhora nos atendimentos.
A diretora do Departamento de Saúde Mental, Viviane Martins, explica que os atendidos pela rede de Atenção participam de uma série de atividades visando desenvolver habilidades e trabalhar a reinserção à sociedade. Toda a rede faz, em média, por mês, 1,8 mil atividades, entre trabalhos em grupo, com as famílias, de estudo de casos, entre outros.
“Buscamos utilizar de estratégias para integrar estas pessoas novamente ao convívio social, após sofrerem etapas de privação de liberdade. Tentamos trabalhar com um conjunto de práticas que buscam promover exercícios de cidadania com enfoque na criatividade e desenvolvimento de iniciativas, com oficinas, grupos de trabalho e orientações”, contou Viviane.
Só no Centro de Atenção Psicossocial Nise da Silveira, no Centro, são realizadas mais de 400 atividades por mês. Estas atividades incluem os atendimentos em grupo, trabalho de atenção à crise, atividades visando a reabilitação, busca ativa e de estudos de caso e reuniões com as famílias, que são realizadas semanalmente. Em média, 20 famílias participam das reuniões.
“São reuniões que consideramos de muita importância, pois fortalece o empoderamento e fortalecimento dos parentes dos pacientes psiquiátricos. Muitos não sabem seus direitos e se sentem sozinhos, e com este trabalho em grupo podemos dar mais ferramentas para estas famílias no convívio de seus lares”, destaca Ludmila Mitidieri, assistente social do CAPS Nise da Silveira.
O CAPS Nise da Silveira possui mais de 150 usuários ativos. Na unidade, os pacientes são atendidos de acordo com o Projeto Terapêutico Singular, um tratamento específico para cada indivíduo, elaborado pela equipe. Ele pode ser composto por diversos trabalhos, como oficinas terapêuticas, consultas médicas e orientações individuais ou em grupo.
Entre as oficinas, estão a de tricô e crochê, bordado, cinema, jardinagem, canto, leitura, artesanato, arte e cultura, cestaria, moda, entre outras. A média de atendimento diário é entre 25 e 30 pacientes/dia.
“Me sinto muito feliz ao ver meu irmão sendo tão bem tratado por toda a equipe. É motivador quando ele volta para casa e me mostra um item que ele criou na oficina de artesanato, por exemplo. Muitas vezes, as pessoas não têm ideia da importância que tem pequenos gestos para estas pessoas”, comenta a aposentada M. R. S., de 61 anos.