Com histórico de últimos dias lotados, o coordenador do Procon alerta para aqueles que desejam negociar seus débitos não deixarem para fazer seus acordos na última hora. São 20 empresas que estão participando da 3ª edição do Feirão Limpa Nome. Até sexta-feira (31), entre 9h e 16h, dívidas com bancos, cartões de crédito, empresas de telefonia, TV a cabo e concessionárias de serviços públicos, estão aptas a serem negociadas com oportunidades de parcelamento e descontos exclusivos. Nesta terça-feira (28.01), foram R$ 1.039.246,99 milhões negociados, de 225 pessoas que aproveitaram a oportunidade.
Somados, os acordos dos primeiros dias já totalizam R$ 2.046.246,99 milhões, 442 pessoas negociaram débitos e conseguiram quitar suas dívidas. Na prática, significa dizer que as cobranças irão cessar e que o nome dessas pessoas irá sair do cadastro de negativados do SPC e Serasa.
São casos como o da dona Nely Silva, moradora do Carangola, que estava desde 2009 com restrições no nome por conta de uma dívida não paga. Para ela, quitar a dívida e poder recuperar o crédito na praça será essencial. “Opero o coração em dois meses e, com o nome limpo, poderei comprar uma máquina de lavar, por exemplo, que é importante para que eu tenha mais independência nos meus afazeres, já que não poderei fazer esforços. Fui muito bem atendida e conseguir pagar R$ 200 de uma dívida de R$ 1.077 que tinha”, comemora Nely.
Gisele Costa, moradora do bairro São Sebastião, conseguiu uma negociação além do esperado. Uma dívida de R$ 1.247,16 foi negociada para pagar, apenas, R$ 72,29, ou seja, apenas 5% do valor total do débito. “Eu estava esperando conseguir, no máximo, 50% de negociação. Isso foi fora do normal. Estou há quase cinco anos com essa dívida. Sou muito grata pela oportunidade”, contou.
Para o coordenador do órgão, oportunizar que a população tenha acesso aos descontos, quitando suas dívidas e recuperando o crédito na praça, é uma forma de resgatar seu poder de compra, fazer a economia girar e dar, de novo, a dignidade das pessoas.
Felipe Mendes, do Retiro, por exemplo, ficou na expectativa quando viu sobre o feirão em uma rede social. Seu débito era de quase R$ 5 mil e ele vai pagar, deste montante, R$ 210. “Acho que fiz um ótimo acordo. Estava negativado há dois anos. Me sinto mais leve. E o que mais me deixa feliz é saber que não receberei mais ligações com o prefixo 11. Terei paz”, disse Felipe, em relação às ligações de cobrança que recebia diariamente.
No Feirão também tem casos que chamam a atenção pelo valor da dívida. Marcelo Ferreira, que mora na Castelânea, tinha uma dívida que chegou a atingir o valor de R$ 288.313,93. “Hoje eu tirei um peso das costas”, disse ele que vai pagar R$ 3.967,56. Já Carlos Roberto Medeiros, do Quitandinha, cuja dívida era de R$ 3.379,60, além de conseguir reduzir a dívida em 91%, também vai pagar esse valor parcelado. “Serão duas parcelas de R$ 139,26. Não imaginava que o acordo seria tão bom assim”, disse.
As negociações podem ser feitas com as empresas varejistas Casas Bahia e Ponto Frio; as empresas de telefonia, internet e TV a cabo, Oi, Claro, Tim, Vivo, Sky, Net e Tech Cable; a lojas Gisele Jeans; a sapataria Bico da Bota; os bancos Santander, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú; a administradora de cartões de crédito Servir Card, além das concessionárias Enel e Águas do Imperador.
A organização do Feirão também conta com a participação da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) para consultar se há negativação junto ao SPC e por qual empresa. Já a OAB está homologando os acordos junto com os fiscais do Procon e auxiliando nas dúvidas dos consumidores