A Prefeitura promoveu nessa quinta-feira (09/10) um encontro para troca de experiências sobre o Família Acolhedora. Duas famílias contaram para novas candidatas a integrar o serviço sobre como ele funciona em Petrópolis e relataram o que viveram durante o acolhimento de crianças e adolescentes que enfrentavam alguma situação de vulnerabilidade.
Durante o encontro, Graziele Rocha e Suzana Antunes contaram sobre como conheceram o serviço, como foi o processo de habilitação e o acompanhamento feito pelas equipes durante o acolhimento e, principalmente, relataram os sentimentos envolvidos na relação com a criança ou adolescente e no momento do encerramento da presença na família.
O acolhimento feito pela família de Graziele foi de uma adolescente que, na época, tinha 16 anos e vivia na Casa da Acolhida feminina. Ela queria "apadrinhar" a menina. Foi quando conheceu o Família Acolhedora e percebeu que a proposta do serviço era exatamente o que pretendia: cuidar de forma temporária, oferecendo todo suporte que ela precisasse, fosse de saúde, educação, alimentação ou outras necessidades.
"No período do acolhimento, é mais a gente dar do que receber. Muitas coisas que vemos neles começam a mudar nosso comportamento e nosso jeito de ver as coisas. Por exemplo, a primeira coisa que muitos pensam é de que se trata de menores infratores para serem acolhidos, e não. Eles vivem uma vulnerabilidade que não é por causa deles", contou. O acolhimento deu certo. Quando ela completou 18 anos, foi morar sozinha, mas a relação com Graziele e a família que a recebeu se mantém até hoje.
A família da Suzana fez parte da primeira turma de capacitação do serviço em Petrópolis e já acolheu dois bebês. No momento, está se preparando para cuidar de um adolescente. O processo de aproximação já começou. Ela contou sobre o que passa pela cabeça desde que é chamada para fazer o acolhimento até o momento da despedida.
"Vou aprender a amar e vou aprender a deixar que vá e siga em frente. A relação de amor vai existir para sempre. A criança vai estar sempre no meu coração e nas minhas orações. O adolescente precisa de uma referência e de uma chance de fazer um futuro melhor, mesmo que tenha um passado difícil", disse.
Ambas concordam que a maior importância em ter novos interessados em participar do serviço é a possibilidade de ter mais famílias que se adaptem à realidade de cada criança e adolescente. Tanto Graziele quando Suzana afirmaram que, no período do acolhimento, o comportamento delas com as crianças e adolescentes é de mãe.
O site da Prefeitura para quem deseja se cadastrar no programa é: petropolis.rj.gov.br.