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Quinta, 02 Outubro 2014 08:35

Jica irá orientar Defesa Civil na criação de novo protocolo de acionamento de sirenes

A Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) irá orientar os municípios de Petrópolis, Nova Friburgo e Blumenau (SC) a produzirem novos protocolos de acionamento de sirenes no caso de chuvas fortes. Hoje nas três cidades, há um protocolo geral, para todo o município, baseado nos índices pluviométricos, independentemente do bairro. Com a proposta da Jica, cada região terá um protocolo específico, ou seja, serão considerados as características do solo e o padrão construtivo do bairro, além da intensidade das chuvas, para o acionamento das sirenes do Sistema de Alerta e Alarme.

A proposta da Jica foi apresentada na terça-feira (30/9), na sede do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), em São José dos Campos. O encontro, que teve a participação da Secretaria de Proteção e Defesa Civil, faz parte da parceria de quatro anos, iniciada em 2013, entre governo federal e Jica para a redução de desastres das chuvas em Petrópolis, Nova Friburgo e Blumenau (SC).

No evento, o engenheiro civil japonês Hydeyuki Iwanami, consultor da Jica, mostrou como é o protocolo de acionamento das sirenes no Japão, desde o momento em que os agentes da Defesa Civil local são mobilizados até a emissão dos alertas para as comunidades. No país, o protocolo leva em consideração as características locais.

Iwanami dará início ao novo protocolo em Petrópolis, tendo como base as chuvas de março de 2013. A Secretaria de Proteção e Defesa Civil disponibilizará a ele dados do registro de ocorrência, com informações sobre hora e local de deslizamentos. O engenheiro da Jica cruzará esses dados com os de órgãos estaduais, como o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), sobre os índices pluviométricos em cada bairro a cada hora. Com isso, ele fará uma média de quantos milímetros é preciso chover para haver deslizamentos em cada comunidade. A partir desse levantamento, a Secretaria de Proteção e Defesa Civil irá elaborar o novo protocolo, acrescentando mais informações.

Petrópolis conta hoje com 18 sirenes do Sistema de Alerta e Alarme, instaladas em dez comunidades: Quitandinha, Ferroviários, Vila Felipe, João Xavier, Sargento Boening, São Sebastião, Siméria, Independência, Dr. Thouzet e 24 de Maio. As sirenes são consideradas a melhor ferramenta de prevenção a curto prazo em Petrópolis, já que os alertas orientam moradores de áreas de risco a procurar locais seguros, como casas de amigos ou parentes que não fiquem em áreas de risco ou pontos de apoio sinalizados pela Prefeitura. A Defesa Civil esclarece que os alertas das sirenes são o último aviso a esses moradores, já que eles devem procurar um local seguro assim que começar a chover forte, antes mesmo de a sirene ser acionada.

No encontro no Cemaden, a Defesa Civil estava representada pelo diretor técnico, engenheiro Ricardo Branco, e pelo chefe do Sistema de Alerta e Alarme, Vitor Júnior.