No mês de outubro, quando se comemora o Dia do Idoso, a Prefeitura por meio da Secretaria de Saúde, lança o Projeto Caminhar Saudável: Circuitos com Obstáculos. O objetivo é trabalhar a prevenção de quedas, uma das principais causas de hospitalização dos idosos. O projeto está sendo desenvolvido, na próxima quinta-feira (9/10), no Ambulatório de Especialidades (ao lado da UPA Centro), com pacientes atendidos pelo Programa do Idoso.
O projeto conta com um circuito de chão contendo vários obstáculos, além de um ônibus, onde os idosos irão treinar subida e descida. O circuito será desenhado no pátio do Ambulatório de Especialidades. Cerca de 80 idosos devem participar. As atividades terão início às 8h e haverá também sorteio de brindes.
“Detectamos que o número de idosos que sofreu pelo menos uma queda neste ano é grande. Observa-se ainda grande número de caidores crônicos, muitos, inclusive, sequelados. A maior parte das quedas não resulta em morte. No entanto, a queda ainda está associada uma taxa mais alta de hospitalização para tratamento agudo de lesões e a duração média de internação para os que sofreram queda é de 43 dias contra os 25 dias dos que não sofreram”, informou a geriatra Rita Cássia Ravaglia Campos. Aproximadamente 47% dos pacientes internados em um hospital por queda se tornam pacientes de instituições de tratamento em longo prazo.
O projeto atua preventivamente em relação às quedas, visando manter a autonomia e independência dos idosos. Entende-se que a queda gera dependência pelas lesões que pode provocar. Isso sem falar que o medo de novas quedas gera o isolamento. “O ponto principal é a prevenção de quedas, treinando os pacientes sobre como lidar com as barreiras urbanísticas e recuperar a segurança e a auto-estima”, destacou a geriatra.
O programa detectou, ainda, que 20% dos idosos atendidos no Ambulatório de Especialidades sofreram pelo menos uma queda no período de março a setembro de 2014, sendo 13% em ônibus urbanos. “A queda tem dois componentes: intrínseco (idade, doenças, medicação, déficit visual, etc) e extrínsecos (do ambiente). Como a incidência de doenças do sistema osteomuscular é relativamente baixa (4,6%) pode-se inferir que o fator ambiental tenha mais relação com esta taxa alta de quedas”, explicou Rita. Na segunda fase do projeto serão realizadas reuniões com motoristas de ônibus, para sensibilização.