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Quinta, 19 Março 2015 06:39

Petrópolis já tem táxi adaptado para pessoas com deficiência

Petrópolis passou a contar nesta terça-feira (17/03) com o primeiro táxi adaptado para pessoas com deficiência ou com dificuldade de locomoção. O serviço, licitado pela Prefeitura, por meio da Companhia Petropolitana de Trânsito e Transporte (CPTrans), começou a funcionar no ponto 72, na Rua Irmãos D’Ângelo e, apenas no primeiro dia, realizou cinco corridas, sendo uma de transporte especial. A CPTrans preparou o local e instalou placa indicativa.

O serviço é prestado por Paulo Roberto Rodrigues da Silva, que venceu a licitação realizada no ano passado pela Prefeitura. “Esse transporte está facilitando muito a vida dessas pessoas. Tem gente que tinha dificuldades até para ir à igreja”, lembrou. O carro, comprado em Petrópolis, foi adaptado em São Paulo e demorou 15 dias para ficar pronto.

Paulo Roberto trabalhava como comerciante e hoje utiliza o transporte para, segundo ele, complementar sua renda e facilitar a vida das pessoas. O transporte funciona com preço de tabela e tem o sistema de agenda, priorizando sempre as pessoas com necessidades especiais. Na mala do carro há uma rampa, utilizada para a entrada do cadeirante. O banco de trás, no caso de transporte especial, é dobrado para frente e quatro cintos de segurança envolvem a cadeira de rodas. “Podemos transportar duas pessoas, além do cadeirante, ou, em corrida sem cadeirantes, cinco pessoas.”

A presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e também do Conselho da Pessoa Idosa, Fernanda Ferreira, que é também secretária de Trabalho, Assistência Social e Cidadania do município, diz que o serviço marca um novo momento para as pessoas com dificuldade de locomoção ou com deficiência. “Esse serviço vem para dar autonomia à pessoa com deficiência. Facilita a mobilidade e amplia o acesso não apenas aos serviços de saúde como também às atividades de lazer e culturais”, ressaltou.

Elenilda Gonçalves, irmã de Marcelo Gonçalves, que é cadeirante, diz que o poeta já utilizou do veículo e aprovou. “Fiquei muito feliz em ver este avanço. Fico sozinha com ele e sentia dificuldades quando precisava sair. Agora tudo ficou muito mais fácil”, agradeceu. Marcelo, que tem paralisia cerebral desde seu nascimento, contou que, antes, apesar de utilizar com freqüência o serviço comum de táxi, a saída era mais complicada. “Era muito trabalhoso e sempre dependia dos outros. Hoje, com o táxi adaptado, ficou muito mais fácil. Posso entrar com a cadeira no carro sem precisar que alguém me pegue no colo. Me sinto seguro”, disse, satisfeito.