A Prefeitura deu mais um passo rumo à regularização fundiária das moradias da comunidade Alto da Derrubada, no Moinho Preto: na última quarta-feira (13/5), em reunião na comunidade, 147 moradores entregaram à Secretaria de Habitação a documentação necessária para dar entrada no processo de regularização. O próximo passo será a visita técnica da equipe da secretaria aos imóveis, já a partir do dia 25 deste mês. O objetivo é fazer a conferência de dados para o início do levantamento topográfico da região.
A medida faz parte do trabalho da Prefeitura para regularizar a situação de moradores de 40 áreas de Petrópolis (incluindo conjuntos habitacionais) até dezembro de 2016, dando dignidade às famílias que vivem nessas regiões. “Estamos falando em garantir direitos coletivos. Esse documento vai mudar a vida dessas famílias”, lembrou o prefeito Rubens Bomtempo. “Cada morador aqui sonha em ter esse documento. Quer levar para casa e colocar em uma pastinha, onde ninguém vai mexer. Estamos trabalhando para que esse sonho coletivo aconteça”, garantiu o secretário de Habitação, Jorge Maia, agradecendo a participação da comunidade na reunião (218 pessoas atenderam o chamado da Prefeitura)
Como explicou o secretário, durante a reunião com os moradores do Alto da Derrubada, cada caso será analisado individualmente pela secretaria, já que cada situação tem suas particularidades. Além da parte técnica, de levantamento das plantas existentes e de identificação da área do imóvel e dos moradores, a Prefeitura irá garantir a assessoria jurídica para essas pessoas, com o objetivo de regularizar o maior número de imóveis possível.
A presidente da Associação de Moradores e Amigos do Alto da Derrubada, Ana Cristina Freitas, lembrou que a regularização é um pedido antigo dos moradores. “Será muito bom para todos nós. Eu também estou na mesma situação que esses moradores, porque o meu terreno está todo enrolado”, disse Ana.
Morador da comunidade há dez anos, o pintor de automóveis Cristiano Trindade, de 42 anos, está feliz com a possibilidade de regularizar a sua casa, onde mora com a esposa e os dois filhos. “Vai ser muito bom porque, sem a documentação, fica o mito de que foi roubado. Agora, com a documentação e pagando IPTU, posso até conseguir financiamento para fazer melhorias na minha casa”, disse Cristiano.
A autônoma Ivanete Rodrigues de Sá, de 46 anos, mora há 16 anos na comunidade com o marido e também comemora a possibilidade de regularização de sua casa. “Acho importante legalizar, ter o documento da casa, pagar o IPTU. Nos dá dignidade e vai valorizar o bairro”, destacou.