O primeiro Festival da Latinidade, promovido pela Prefeitura, por meio da Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial (Copir) foi considerado um sucesso. Mais de 200 pessoas participaram dos dois dias de programação (24 e 25/07) que contou com palestras, dança, exposição, cinema, teatro e culinária. O evento teve como objetivo reafirmar a identidade, a cultura, a resistência e a luta das mulheres negras contra o preconceito étnico, de gênero e de classe.
    
A história da princesa africana Alafiá, que se tornou escrava, foi encenada durante a abertura do evento, realizada na Casa dos Conselhos Municipais Augusto Ângelo Zanatta. A peça encantou o público e será levada para as escolas da rede municipal. “Essa história linda deve ser conhecida pelas nossas crianças. Se queremos construir uma cidade melhor, onde o respeito predomina, temos que conhecer a nossa história”, disse a secretária Chefe de Gabinete e presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Comdim), Luciane Bomtempo.

Outro ponto de destaque do evento foi a entrega de moções congratulatórias oferecidas a 27 mulheres que de alguma forma lutam pela igualdade racial. Os documentos foram concedidos pelos vereadores Luizinho Sorriso, Vadinho, Pastor Sebastião, Thiago Damaceno, Roni Medeiros e Maurinho Branco.  A roda de jongo e a oficina de turbantes senegaleses também foram sucesso e reuniram cerca de 100 pessoas no Centro de Cultura Raul de Leoni.

O Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha foi instituído no dia 25 de julho de 1992 como o marco internacional de luta e resistência da mulher negra em todo o mundo. Na data também é comemorada o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, instituído por lei em 2014, celebrando a líder quilombola do século XVII que resistiu bravamente à escravidão por mais de 20 anos.