Os investimentos e as ações na área da saúde referentes aos meses de maio, junho, julho e agosto foram divulgados nesta segunda-feira (29/9) na Câmara Municipal durante audiência pública. O balanço do segundo quadrimestre de 2015, apresentado pelo secretário André Pombo, revelou que no acumulado do ano a Prefeitura investiu 39% do orçamento municipal na saúde. No quadrimestre, este investimento chega a quase 20%.

“Apesar da crise que o país está passando e da falta de apoio financeiro por parte do Estado e da União, estamos fazendo a nossa parte e mantendo os investimentos na área da saúde, que foi um compromisso assumido pelo prefeito Rubens Bomtempo. As obras no Hospital Alcides Carneiro estão 60% concluídas e em breve estaremos entregando à população uma nova maternidade. Quatro Unidades Básicas de Saúde – Posse, Araras, Alto Independência e Caxambu – também estão sendo construídas, assim como estão em andamento as reformas e ampliações da UTI do Hospital Municipal Dr. Nelson de Sá Earp, do Pronto Socorro do Alto da Serra e do Centro de Saúde”, ressaltou o secretário de Saúde, André Pombo.

Os números do Hospital Alcides Carneiro também revelam que os investimentos na área não param. Em três anos, vários novos serviços foram criados, como os de cirurgias vascular, urológica e pediátrica. “Estruturamos os serviços de cirurgia vascular e cirurgia urológica com recursos próprios, buscando acabar com a longa espera dos pacientes. Também superamos as dificuldades para encontrar cirurgiões pediátricos e montamos uma equipe completa: hoje temos cirurgião pediátrico de segunda a sexta-feira e também profissional de sobreaviso nos fins de semana”, explicou o secretário. Além disso, o hospital ganhou novos equipamentos, como de tomografia e ressonância e magnética, que entrarão em operação em breve.

Os números apresentados foram elogiados por quem compareceu à audiência: só neste ano foram 158 cirurgias vasculares, o que representa 71% do total de 2014, quando foram 221 procedimentos. Em relação às cirurgias urológicas, até o momento foram realizadas 331, o que representa 75% do total do ano passado, quando foram realizadas 440 cirurgias. “A unidade passou de 2.120 cirurgias em 2012 para 3.055, em 2015”, frisou a diretora geral do HAC, Ronye Faraco.

O aporte financeiro por parte do Estado e da União também chamou a atenção, especialmente por conta da constatação do aumento da responsabilidade do governo municipal. No quadrimestre, o Estado ficou com apenas 3,88% do custeio e a União, 40,45%, enquanto o município assumiu com a maior parte, 55,67%. “O Estado nos deve cinco meses de repasses das UPAs Centro e Cascatinha e a União ainda não fez nenhum repasse referente ao Samu, que foi inaugurado em abril de 2014. Estamos cobrindo as despesas que são de responsabilidade do Estado e da União, retirando verbas que poderiam estar sendo usadas em mais investimentos na área da saúde”, destacou André Pombo. Hoje a dívida do Estado com o município, apenas com relação às UPAs, é de R$ 4 milhões.