O prefeito Rubens Bomtempo garantiu nesta sexta-feira (4/12) o pagamento dos salários e a primeira parcela do 13º dos funcionários das Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) Centro e Cascatinha. A medida traz a normalidade ao sistema de urgência e emergência e reafirma o compromisso do município com os funcionários e em manter as UPAS abertas. O anúncio do pagamento foi feito durante entrevista coletiva na Casa dos Conselhos Municipais Augusto Ângelo Zanatta, que contou com a presença do secretário de Saúde André Pombo, do presidente do Conselho Municipal de Saúde (Comsaúde), Marcus Curvello, do vice-presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de Petrópolis (SEESP), Osmar Ferreira, do administrador da Cruz Vermelha Brasileira, Renan de Souza, de funcionários das unidades, servidores da saúde, secretários municipais e vereadores.

O anúncio da liberação dos recursos para pagamento dos funcionários foi feito no último dia do prazo dado pelo secretário de Estado de Saúde. Felipe Peixoto, para dar posicionamento ao município sobre o pagamento do custeio das UPAS que é de responsabilidade do governo do Estado. A dívida do Estado com a Prefeitura já chega a R$ 5,6 milhões. Por mês, deveria repassar para o município R$ 400 mil para cada UPA. “No dia 30 de novembro, nós fomos junto com representantes do Comsaúde e da comissão de funcionários ao encontro do secretário de Estado levar a nossa reivindicação. Nos deram um prazo até hoje (sexta-feira, dia 4) para que dessem um posicionamento. No início da tarde, o Estado se pronunciou e infelizmente disseram que não há dinheiro para fazer o pagamento. O secretário de Estado disse que diante do fracionamento dos rendimentos dos servidores não faria nenhum repasse até a regularização dos salários”, disse o prefeito, acrescentando que, durante estes sete meses, a Prefeitura vem cobrindo com a parte que é de responsabilidade do Estado.

Para garantir o pagamento dos funcionários das UPAS, o prefeito assinou dois decretos cancelando os empenhos a liquidar do município. “É uma medida emergencial que garante o salário e o 13º dos profissionais das UPAS e, assim, o funcionamento pleno das unidades. É importante dizer que o governo, os funcionários das unidades, o Comsaúde e o sindicato continuam na luta cobrando o Estado para que pague esta dívida. Esses R$ 5,6 milhões são do povo petropolitano e não vamos medir esforços para receber”, ressaltou o prefeito.

O secretário de Saúde André Pombo agradeceu o comprometimento dos funcionários em manter as Unidades de Pronto Atendimento funcionando mesmo diante da crise. “Neste momento difícil, vocês acreditaram e confiaram no governo”, disse o secretário, agradecendo também todos os servidores de saúde que ajudaram no atendimento à população neste período em que as UPAS atenderam de forma restrita.

O presidente do Comsaúde, Marcus Curvello, também ressaltou que a dívida não será esquecida. “Estamos levando esse assunto para a Conferência Nacional que acontece em Brasília. Vamos continua lutando unidos para continuar construindo o Sistema Único de Saúde”. O vereador Thiago Damaceno, o vice-presidente do SEESP, Osmar Ferreira e o administrador da Cruz Vermelha Brasileira Renan de Souza também agradeceram a dedicação e comprometimento dos funcionários.

O médico Carlos Morgado, que trabalha na UPA Centro, falou em nome dos funcionários e comemorou a medida adotada pelo prefeito. “As Unidades de Pronto Atendimento fazem parte do sistema de saúde de Petrópolis e são indispensáveis na rede. Temos que agradecer o empenho do prefeito, do sindicato e, por último, do conselho”, agradeceu.

Durante a coletiva o prefeito também anunciou a criação de um grupo de trabalho para elaborar um plano de redimensionamento da rede de urgência e emergência do município. “Sempre levaremos em conta o funcionamento das duas UPAS”, ressaltou o prefeito, agradecendo o apoio dos vereadores da base aliada pela confiança e na luta para resolver a questão do financiamento das unidades. Bomtempo também falou que o governador Luiz Fernando Pezão acolheu a sua proposta de reunir os prefeitos das 25 UPAS municipalizadas para redimensionar e repactuar as unidades dentro de uma nova realidade orçamentária “É importante que, juntos, possamos discutir o financiamento dessas unidades, que é necessário para que possamos planejar o futuro”, finalizou.