Notícias

Quarta, 13 Janeiro 2016 09:18

Bomtempo se une a moradores do Bambuzal e impede demolição de casa na comunidade, em Pedro do Rio

Representantes do Ministério Público Federal, Concer e Prefeitura se reunirão nesta quarta-feira (13/01)

O prefeito Rubens Bomtempo e os moradores da comunidade do Bambuzal, em Pedro do Rio, às margens da BR-040, conquistaram uma vitória importante na manhã desta terça-feira (12/1): eles conseguiram parar a ordem de demolição de uma casa pela Concer, concessionária que administra a via. O trabalho havia sido autorizado pela Justiça Federal, que deu ganho de causa à empresa, para que houvesse a demolição, sob a alegação de que o imóvel estaria na faixa de domínio da rodovia. Ao lado dos moradores, da secretária de Trabalho, Assistência Social e Cidadania, Fernanda Ferreira, do procurador geral do município, Marcus São Thiago, do secretário de Segurança Público, Calixto Barbosa, e do secretário de Habitação, Jorge Maia (Bolão), Bomtempo se manteve ao lado dos moradores e, junto do procurador da República Charles Estevam, defendeu o diálogo, conseguindo que a tentativa de remoção fosse interrompida. Nesta quarta-feira (13/01), representantes da Prefeitura, Ministério Público e Concer vão se reunir para discutir o tema.

O prefeito Rubens Bomtempo defendeu o diálogo e afirmou que não concorda com as demolições de casas às margens da BR-040, como quer a Concer. Ele lembrou que a urgência habitacional em Petrópolis é para as casas em áreas de risco, o que não é o caso das margens da rodovia.

“Petrópolis é uma das cidades que mais sofrem com o problema das chuvas, então a prioridade na habitação é conseguir moradia para quem está em situação de risco, o que não é o caso do Bambuzal. Essa é uma comunidade já consolidada, que existe há mais de 40 anos. Somos contra a demolição das casas das margens da BR-040 onde não há risco. Hoje conseguimos interromper o trabalho. Avançaremos ainda mais nessa questão, defendendo sempre o diálogo. É preciso, antes, oferecer uma alternativa para essas famílias”, disse Bomtempo.

A casa que seria demolida era a de Amélia da Silva Machado, de 50 anos, que mora há 22 anos no local. Com problemas de saúde, Amélia mora com o marido e conta que a Concer não ofereceu nenhuma assistência aos moradores das casas que seriam demolidas. “Isso é só porque somos pobres? É só casa de pobre que querem demolir. Casa de rico, não vão demolir. Não temos condições de, a essa altura, começar a construir nossa vida de novo, tudo do zero”, disse Amélia, antes da suspensão da demolição.