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Segunda, 11 Abril 2016 09:56

Cinco mil pessoas participam da Semana da Memória, Verdade e Justiça

A Semana da Memória, Verdade e Justiça, que marcou o início dos trabalhos da Comissão Municipal da Verdade (CMV), foi encerrada nesta quinta-feira (7/4). Uma apresentação do Coral Nheengarecoporanga, do Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH), e a reapresentação da peça teatral “O trombone e o fuzil”, na Praça da Liberdade, fecharam a programação. Os organizadores comemoraram o sucesso do evento: em uma semana, cerca de cinco mil pessoas participaram das atividades.

A primeira edição da Semana da Memória, Verdade e Justiça fomentou o debate a respeito das torturas e assassinatos cometidos durante a ditadura, especialmente na Casa da Morte, em Petrópolis. O evento contou com exibição de filmes, exposições, teatro e música. Houve, ainda, o lançamento do livro “Um homem torturado: nos passos de Frei Tito de Alencar”, com a participação do cientista político e membro do Instituto de Estudos da Religião (ISER), Ivo Lesbaupin.

Para o presidente da Comissão, professor Eduardo Stotz, diversos segmentos da sociedade participaram das atividades, como sindicalistas, estudantes e lideranças religiosas, entre outros. “Houve uma grande variedade de eventos, e isso se refletiu também no interesse das pessoas. O público pôde perceber o que aconteceu durante a ditadura. Além disso, a repercussão das ações da Semana da Memória, Verdade e Justiça fez com que mais pessoas fossem alcançadas. Conseguimos ampliar o debate”, acredita Stotz.

O público que compareceu ao encerramento parabenizou a iniciativa. “Eventos como este precisam ser realizados mais vezes. Na própria História do Brasil, o período da ditadura não é contado com muita clareza. Precisamos descobrir a verdade, e relembrar o que aconteceu é o primeiro passo para que tudo seja esclarecido”, afirmou a professora Rosa Damasceno.

“É importante relembrar a história, o que a ditadura representou para o país. Além desta série de eventos, é importante também a instalação da uma Comissão Municipal da Verdade em Petrópolis. Parabéns a todos pela conquista”, comemorou o presidente do Sindicato dos Bancários, Marcos Alvarenga, que representou o movimento sindical durante o encerramento do evento.

A Comissão Municipal da Verdade foi empossada na semana passada pelo prefeito Rubens Bomtempo. O grupo, composto por Eduardo Stotz, João Fabre dos Reis, Maria Helena Arrochelas, Rafane Valoura Paixão e Roberto Schiffler Neto tem como função apurar as violações aos direitos humanos praticadas durante o regime militar, colaborando com o trabalho realizado pelas comissões Estadual e Nacional da Verdade.