As empresas de transporte público de Petrópolis estão recebendo 177 multas aplicadas pela Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans), responsável pela fiscalização.
Este é o resultado da inspeção feita em janeiro, que resultou em 219 notificações às permissionárias. As empresas corrigiram 42 dos itens apontados. A fiscalização vai ser intensificada e a CPTrans pode tirar o veículo irregular de circulação e obrigar a empresa a substituir o coletivo em questão. Também é prevista multa pelo não cumprimento do contrato e a reincidência pode acarretar em suspensão da permissão à empresa infratora.
“Precisamos ser firmes para garantir um transporte público de qualidade à nossa população. O trabalhador deve ter seu direito de ir e vir assegurado, com conforto, em um coletivo que seja adequado ao transporte. Vamos manter uma postura firme, cobrando um serviço cada vez melhor. A população não pode ser penalizada pelos problemas das empresas”, destacou o diretor-presidente da CPTrans, Maurinho Branco.
Durante a fiscalização, técnicos da Companhia encontraram problemas de limpeza, bancos rasgados, lanternas queimadas, extintores de incêndio com defeito, falta de adesivos de lotação, propagandas tampando a numeração da linha, bancos soltos, falta de braço de apoio para cadeirantes, luz de freio danificada, teto com avarias, entre outros problemas. Uma lista foi entregue a cada uma das cinco empresas para que elas resolvessem as situações apresentadas.
Petrópolis conta com uma frota de 366 veículos circulando todos os dias no Centro e distritos. Há, ainda, 20 carros reservas, utilizados quando um veículo quebra ou tem algum problema que o impede de circular. Das 177 multas, 65 serão enviadas à Petro Ita, 50 à Turb, 37 à Cascatinha, 13 à Cidade Real e 12 à Cidade das Hortênsias. As empresas têm o direito de recorrer das multas.
Em janeiro, quando a CPTrans realizou a fiscalização na Transpal, encontrou uma série de irregularidades nos dois ônibus que, à época, atendiam as linhas. Em um deles foram encontradas sete avarias, que foram notificadas. O outro sequer foi autorizado a circular, devido às péssimas condições do veículo. A empresa também vinha descumprindo outras obrigações, como a não garantia dos horários e colocando, inclusive, a vida dos usuários em risco, sendo impedida, portanto de atuar em Petrópolis.
“Nosso objetivo é sempre levar à população um serviço de qualidade. Se uma empresa não cumprir com suas obrigações vamos notificar, solicitar os reparos e, caso não realize as alterações necessários vamos multa-las. O caso da Transpal é um exemplo disso. Desde que assumimos já pegamos uma série de reclamações dos usuários. O flagrante do motorista bêbado foi a gota d’água para intervirmos. Não podemos permitir que esse tipo de coisa aconteça na cidade”, finalizou o diretor técnico operacional, Luciano Moreira.