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Terça, 07 Março 2017 17:18

Ações do ‘Consultório na Rua’ ganham apoio da Setrac e da Saúde Mental

Serviços psicossociais proporcionarão mais assistência aos moradores de rua

As secretarias de Saúde e Trabalho, Assistência Social e Cidadania (Setrac) atuarão integradas para ampliar a abordagem e o tratamento aos pacientes com transtornos mentais no Sistema Único de Saúde (SUS). Na primeira reunião do grupo, realizada na segunda-feira (06.03), os serviços psicossociais da prefeitura definiram as primeiras ações em conjunto. Além de criarem fluxos de atendimentos, as pastas atuarão juntas em ações no Consultório na Rua.

O projeto pertencente à Atenção Básica da Saúde e proporciona assistência médica e odontológica aos moradores em situação de rua do município. Para receber os cuidados eles são retirados da rua e encaminhados a unidade básica de referência, que fica no Quitandinha. Atualmente cerca de 150 pessoas vivem em situação de rua na cidade. Com o apoio da Setrac e do diretório de Saúde Mental, será possível proporcionar ações preventivas, tratamentos e acompanhamentos psicossociais a esses moradores.

A melhoria da assistência aos moradores de rua é uma das prioridades do governo Bernardo Rossi. A titular da Setrac, Denise Quintella, explica que além da abordagem da equipe de acolhimento da pasta é essencial a assistência por parte da Saúde.

“Nós temos um grande número de moradores que estão em situação de rua com transtornos mentais e problemas com álcool e drogas. E é justamente nestes casos que a Setrac precisa do apoio da Saúde. A nossa integração está em diversos setores e serviços como diretriz passada pelo nosso prefeito, assim garantimos o envolvimento de todos em benefício à nossa população”, avalia.

Durante os atendimentos da equipe do Consultório na Rua identificou-se a necessidade da integração junto à Saúde Mental, uma vez que após o atendimento clínico, muitos pacientes necessitam de acompanhamento psicológico ou psiquiátrico. O secretário de Saúde, Silmar Fortes, comentou que é importante fortalecer a ação junto aos Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS) assim como outras entidades do município.

“Essa é uma área onde é fundamental trabalhar em rede de assistência e cuidado devido as questões sociais e de saúde que envolvem o problema. Mas essa integração deve envolver ainda outras secretarias e setores da prefeitura bem como entidades e órgãos da sociedade civil para que possamos enfrentar essa realidade de forma integrada e resolutiva”, explica Silmar Fortes.

O Centro de Referência Especializada para População em Situação de Rua (Centro Pop) atende em média 150 pessoas e o NIS - Núcleo de Integração Social abriga em média 70 pessoas - 90% homens na faixa etária de 30 a 50 anos. A médica do Consultório na Rua, Iara Loos Noel, revelou que já existe um fluxo de atendimento a esses moradores e com a integração será possível assistir àqueles que ainda não são cadastrados nas instituições.

“Nossa população de rua é muito variável, normalmente as equipes do NIS e do Centro Pop nos encaminham os pacientes que necessitam de atendimento clínico. Com a ampliação dos serviços através do apoio da saúde mental, nós poderemos tentar inseri-los nos tratamentos junto aos Caps e assim proporcionar um atendimento mais completo”, afirma Iara Loos Noel.